Em um novo impulso para tentar conter o avanço de contágios, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou nesta terça-feira, 25, que convocará o Exército, que disponibilizará 2.000 homens, para ajudar a rastrear pessoas que foram expostas ao novo coronavírus. Especialistas culpam a falta de rastreamento pelo aumento das infecções na Espanha, que avança desde o fim do estado de emergência, em 21 de junho.
A Espanha registrou 7.117 novas infecções pelo novo coronavírus nesta terça, elevando o total de casos no país para mais de 412.000. Apesar de quase um terço – 2.415 – ser referente a testes realizados na véspera, o país puxa a Europa no aumento de casos: nas últimas duas semanas, mais de 78.000 pessoas foram diagnosticadas com Covid-19, segundo o Ministério da Saúde espanhol.
No total, o país soma 28.924 mortes. De todos os óbitos ocorridos em decorrência da Covid-19, 116 aconteceram na semana passada, sendo 54 em Madri. A capital espanhola também concentra as maiores notificações de casos do país.
Sánchez também anunciou que as autoridades locais podem pedir ao governo central para aplicar o estado de emergência, permitindo a limitação dos movimentos da população conforme necessário. Até o momento, as autoridades regionais aplicam normas próprias, como isolamento de pequenos municípios, fechamento temporário de estabelecimentos e redução de horários.
Contudo, o premiê afirmou que embora o aumento das infecções na Espanha seja “preocupante”, está “longe da situação em meados de março”.
“Não podemos deixar que a pandemia tome novamente o controle de nossas vidas. Devemos assumir o controle e deter esta segunda curva”, disse Sánchez.
(Com EFE)