O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou neste sábado, 2, a autoria de um ataque ocorrido na véspera contra uma base militar no nordeste do Mali, em que 49 soldados morreram.
“Soldados do califado atacaram uma base militar onde estão posicionados elementos do Exército apóstata malinês no povoado de Indelimane, região de Menaka”, indicou o EI em um comunicado assinado por “Província África do Oeste”, publicado no Telegram e que fala em “confrontos com diferentes tipos de armas”.
Ao menos 49 soldados morreram na noite desta sexta-feira no ataque perpetrado contra uma posição militar no nordeste do Mali, na fronteira com o Níger, anunciou o Exército, classificando a ação de terrorismo.
“Após um ataque à posição da Fama (Forças Armadas do Mali) em Indelimane, equipes encontraram 49 corpos e três feridos”, publicou no Twitter o Ministério das Comunicações.
O ataque acontece um mês após a morte de 40 soldados em dois ataques jihadistas, em 30 de setembro e 1º de outubro, perto de Burkina Faso, país situado ao sul do Mali, segundo uma autoridade do Ministério da Defesa.
O norte do Mali caiu nas mãos de grupos jihadistas ligados à Al-Qaeda entre março e abril de 2012. Eles se aproveitaram da derrota do Exército em face da rebelião da maioria tuaregue, inicialmente aliada a estes grupos e, posteriormente, separada.
Os jihadistas foram expulsos após o lançamento, em janeiro de 2013, de uma intervenção militar por iniciativa da França, que continua ativa até hoje. No entanto, a violência jihadista persiste e se espalha do norte para o centro daquele país, e em direção aos vizinhos Burkina Faso e Níger, muitas vezes se misturando com conflitos intercomunitários, que deixaram centenas de mortos.