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Estados Unidos condenam prisão de tio de Guaidó na Venezuela

Departamento de Estado americano acusou Maduro de 'fabricar provas para justificar prisões arbitrárias' e de conduzir 'práticas mafiosas'

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h29 - Publicado em 17 fev 2020, 14h29
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  • Os Estados Unidos condenaram nesta segunda-feira, 17, a prisão pela Venezuela do tio do líder opositor Juan Guaidó. Juan José Márquez foi detido na última terça-feira 11, no Aeroporto Internacional de Maiquetía, que serve a capital Caracas, e o Departamento de Estado americano classificou as acusações contra ele como absurdas.

    “Os Estados Unidos condenam com firmeza a prisão de Juan José Márquez e exigem a sua libertação imediata”, diz a nota do órgão federal.

    Márquez foi preso após voltar com o sobrinho de uma turnê por vários países, entre eles os Estados Unidos, organizada para somar apoios contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. O líder da oposição foi recebido na Casa Branca pelo presidente americano, Donald Trump, e foi convidado de honra em seu discurso do Estado da União. 

    A prisão aconteceu quando Márquez e Guaidó aterrissaram em Caracas. Os dois pegaram um voo de Portugal para a Venezuela com a companhia aérea TAP. 

    “As acusações absurdas apresentadas exemplificam o desespero crescente de Maduro e seus sócios corruptos”, critica a nota americana. Segundo autoridades da Venezuela, Márquez voou de Portugal com material explosivo escondido. Autoridades portuguesas afirmaram que isto é impossível, mas ainda assim o país abriu uma investigação sobre o caso na sexta-feira 14.

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    O Departamento de Estado acusou ainda o regime chavista de “fabricar provas” e o presidente Nicolás Maduro de conduzir “práticas mafiosas”.

    Em Caracas, Guaidó garantiu, neste sábado 15, que a prisão de seu tio materno é uma retaliação por voltar à Venezuela após a viagem internacional. O político, de 36 anos, havia deixado o país clandestinamente em 19 de janeiro, já que está proibido de sair da Venezuela por diversos motivos judiciais. 

    “Recebi a mensagem, e aqui está a resposta: seguimos em frente e com força. Não vamos nos mover nenhum centímetro de nossa posição”, disse o líder parlamentar.

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    Há mais de um ano, Guaidó se autoproclamou presidente interino, depois que Maduro assumiu um segundo mandato questionado após irregularidades nas eleições de 2018.

    O sucessor de Hugo Chávez permanece no poder, apesar das sanções dos Estados Unidos, incluindo um embargo de fato ao petróleo bruto da Venezuela que é crucial para sua economia, em forte recessão desde 2013. Maduro conta com o apoio da China e Rússia.

    (Com AFP)

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