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Estados Unidos e Rússia retiram funcionários de consulado na Ucrânia

Com aumento da tensão, chefes da diplomacia russa e americana trocaram acusações por telefone e conversa entre Biden e Putin é esperada ainda hoje

Por Redação
Atualizado em 12 fev 2022, 12h52 - Publicado em 12 fev 2022, 12h21
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  • O departamento de estado americano ordenou nesse sábado, 12, que os funcionários não-essenciais da embaixada dos Estados Unidos em Kiev, na Ucrânia, deixem seus postos e saiam do país diante do risco crescente de uma invasão das tropas da Rússia. “A Embaixada manterá uma pequena presença consular em Lviv, Ucrânia, para lidar com emergências, mas não poderá fornecer passaporte, visto ou serviços consulares de rotina,” informa o comunicado.

    Também nesse sábado, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, informou que o governo russo decidiu “otimizar” o número de funcionários diplomáticos na Ucrânia, temendo “provocações” de Kiev, mas os serviços essenciais de consulados e embaixadas seguirão funcionando.

    Em uma conversa por telefone, os chefes da diplomacia russa, Sergei Lavrov, e americana, Antony Blinken, trocaram acusações sobre a tensão. Segundo nota divulgada pela Chancelaria em Moscou, Lavrov acusa Washington de estar fazendo uma “campanha de propaganda” em torno de uma possível invasão para encorajar autoridades de Kiev no conflito de Donbass, onde o exército ucraniano enfrenta, desde 2014, grupos separatistas de maioria russa.

    O Departamento de Estado americano, por sua vez, divulgou que Blinken disse a Lavrov que, caso Moscou reduza sua presença militar, os canais diplomáticos permanecem “abertos” para evitar um conflito, e que uma invasão resultaria em “uma resposta transatlântica determinada, maciça e unida.”

    Uma conversa entre Biden e Putin para discutir a questão deve acontecer ainda neste sábado. O presidente russo havia solicitado que o telefonema ocorresse na segunda-feira, disse uma autoridade da Casa Branca, mas Biden quer conduzi-lo o mais rápido possível.

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    Na sexta-feira, 11, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, declarou que a Rússia pode invadir a Ucrânia “a qualquer momento,” e afirmou que mais tropas russas estão se concentrando próximas à fronteira. Putin nega que haverá um ataque, mas faz uma série de exigências, como não aceitar a Ucrânia na OTAN e a retirada de tropas de alguns ex-Estados soviéticos, que o ocidente reluta em atender.

    Além dos funcionários, o documento americano também recomenda que seus cidadãos não viagem para o país e que aqueles que estão na região partam imediatamente usando “opções de transporte comercial ou outras que estiverem disponíveis.” O departamento ainda esclareceu aos que optarem por ficar que o governo não poderá intervir para evacuá-los em uma eventual investida Russa.

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