Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês

APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

Continua após publicidade

Estados Unidos em 2020: sob nova direção

Espera-se que Biden ponha de pé um governo que, pelo menos neste primeiro momento, será a exata antítese da era Trump

Por Ernesto Neves Atualizado em 4 jun 2024, 13h36 - Publicado em 24 dez 2020, 06h00

Capaz de alterar o rumo político não só do próprio país, como de todo o planeta, a eleição presidencial dos Estados Unidos despertou atenção inédita. Acabou se dividindo, como de resto quase tudo, em antes e depois da pandemia. De líder nas pesquisas, impulsionado pela economia em alta e gestos barulhentos na política internacional, Donald Trump se viu caindo sem parar nas intenções de voto, empurrado ladeira abaixo pela péssima gestão da crise do vírus, pela paralisação econômica e pelo desemprego recorde. Aconteceu o que pouca gente previa no início de 2020: embalado pelo sentimento anti-Trump, o democrata Joe Biden, senador de 78 anos que foi vice de Barack Obama, ganhou a eleição. Entre pouco mais da metade dos eleitores americanos que votaram nele, e também ao redor do mundo, ergueu-se um tonitruante suspiro de alívio pelo restabelecimento da potência americana tal qual ela era conhecida antes da motoniveladora trumpista — que é pouco criativa, narcisista, com apreço a autocratas e propagadora de avalanches de tuítes mal-educados, em letras maiúsculas. A Casa Branca passa a ser comandada por um sujeito universalmente tido como simpático e boa-praça, casado com uma educadora, Jill, com ph.D. em sua área e emprego fixo (que pretende manter).

Espera-se que Biden ponha de pé um governo que, pelo menos neste primeiro momento, será a exata antítese da era Trump. Prevê-se a reversão das hostilidades contra imigrantes, a volta dos Estados Unidos ao Acordo Climático de Paris e a implementação de políticas duras para controlar a pandemia, que grassa à solta no país campeão em contágios e mortes. Até a briga com a China, a pontapés no mandato que acaba, deve continuar, porém mais respeitosa. A equipe que entra conta com um número inédito de mulheres e negros, um latino no comando da política de imigração e uma militar trans na assessoria do Departamento de Defesa. Sem falar na vice, Kamala Harris, filha de pai jamaicano e mãe indiana, primeira mulher a ocupar o posto, ás da comunicação nas redes e, ao que tudo indica, figura central nos próximos quatro anos — ao fim dos quais, se tudo correr nos conformes, sairá candidata à Presidência. Kamala Harris versus Donald Trump (que anda prometendo voltar) — essa disputa promete.

Publicado em VEJA de 30 de dezembro de 2020, edição nº 2719


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.