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EUA abrem 13 mil arquivos inéditos sobre assassinato do presidente Kennedy

John F. Kennedy foi morto em 1963 por Lee Harbey Oswald, um cidadão americano que já havia vivido na União Soviética

Por Da Redação
16 dez 2022, 10h19
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  • A Casa Branca ordenou a liberação de cerca de 13.173 documentos nunca antes vistos sobre o assassinato do 35º presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy.

    Na quinta-feira 15, o atual presidente americano, Joe Biden, emitiu uma ordem executiva autorizando a divulgação mais recente. Mas ele disse que alguns arquivos seriam mantidos em sigilo até junho de 2023 para proteção contra possíveis “danos identificáveis”.

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    Com a publicação dos milhares de arquivos online na íntegra, a Casa Branca disse que mais de 97% dos registros da coleção estão agora disponíveis ao público. Uma lei de 1992 exigia que o governo liberasse todos os documentos sobre o assassinato até outubro de 2017.

    Não são esperadas grandes revelações dos jornais, mas os historiadores esperam aprender mais sobre o assassinato do presidente, que foi baleado durante uma visita a Dallas, no estado do Texas, em 22 de novembro de 1963. Especialistas suspeitam que esses documentos que podem revelar que outras pessoas sabiam do assassinato de Kennedy antes mesmo de acontecer, e que o responsável, Lee Harvey Oswald, representava um perigo claro.

    A “Comissão Warren”, uma investigação dos Estados Unidos conduzida em 1964, descobriu que Kennedy foi morto por Oswald, um cidadão americano que já havia vivido na União Soviética, e que ele agiu sozinho. Ele foi morto no porão da sede da polícia de Dallas dois dias após sua prisão.

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    A morte de JFK gerou décadas de teorias da conspiração, mas na quinta-feira a CIA disse que a agência de espionagem dos EUA “nunca se engajou” com Oswald e não ocultou informações sobre ele dos investigadores americanos.

    Especialistas esperavam que o último lançamento revelasse mais informações sobre as atividades de Oswald na Cidade do México, onde ele conheceu um oficial soviético da KGB em outubro de 1963. Em sua última declaração, contudo, a CIA disse que todas as informações da agência relacionadas à viagem à Cidade do México já haviam sido divulgadas.

    Ainda assim, pesquisadores da Fundação Mary Ferrell, uma organização sem fins lucrativos que processou o governo para liberar os arquivos, disseram que a CIA estava retendo informações sobre esse tópico. Segundo eles, alguns registros da CIA nunca foram enviados aos arquivos e, portanto, não fazem sequer parte do lote recém-lançado.

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    Um documento recém-revelado mostra que o presidente do México ajudou os Estados Unidos a colocarem uma escuta telefônica na embaixada soviética no México sem o conhecimento de outras autoridades do governo mexicano. De acordo com a emissora americana CBS News, essa informação foi ocultada por redações em uma versão lançada anteriormente do arquivo.

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    A maior questão que cerca o assassinato é se as agências do governo, a CIA e o FBI, tinham noção de que Oswald era um perigo para o presidente Kennedy. Assim, caso tivessem agido com base nessa informação, poderiam ter salvado o presidente.

    A Casa Branca disse que a divulgação dos arquivos daria ao público uma maior compreensão da investigação sobre o assassinato.

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    O presidente Biden escreveu na ordem executiva que “as agências empreenderam um esforço abrangente para revisar o conjunto completo de quase 16 mil registros que haviam sido divulgados anteriormente em forma editada e determinaram que mais de 70% desses registros podem agora ser divulgados na íntegra”.

    A administração anterior, de Donald Trump, divulgou milhares de páginas ao longo de sua presidência, mas reteve outras com base na lei de segurança nacional, apesar do requerimento de divulgação de todas as informações até 2017. Em outubro de 2021, Biden divulgou cerca de 1,5 mil documentos, mas manteve outros lacrados.

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