EUA abrem treze inquéritos contra a gigante de tecnologia Huawei
A diretora financeira da empresa, Meng Wanzhou, também é alvo dos processos. A prisão dela, no fim do ano passado, deu início a uma crise diplomática
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou a abertura de treze processos contra a empresa de telecomunicações chinesa Huawei e sua diretora financeira, Meng Wanzhou.
Wanzhou foi presa em dezembro de 2018 no Canadá, por ordem do governo americano, em um desdobramento de uma guerra comercial que deu início a uma crise diplomática, com a detenção de diversos cidadãos canadenses na China.
No anúncio, feito nesta segunda-feira, 28, o Departamento relatou que as acusações incluem as supostas investidas da Huawei para roubar tecnologia da empresa americana T-Mobile, o boicote da companhia às sanções americanas contra o Irã, fraude bancária e obstrução de justiça.
Em comunicado, o Procurador-Geral da União em exercício, Matthew Whitaker, disse: “Hoje anunciamos que estamos abrindo queixas criminais contra a gigante de telecomunicações Huawei e seus associados por quase duas dúzias de acusações. A China deve dispor seus cidadãos e companhias para que sejam responsabilizados por infringir a lei”.
A executiva e sua empresa se declaram inocentes. O Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, frisou que as acusações contra a Huawei são “completamente separadas” dos negócios comerciais envolvendo o país asiático.
Os processos foram anunciados um dia depois do Canadá oficializar o desligamento de seu embaixador na China, John McCallum, pouco depois de ele dizer publicamente que o pedido de extradição de Meng, feito pelos americanos, era falho.
(com Reuters)