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EUA acusam Rússia de usar armas químicas e anunciam novas sanções

Armamento teria sido usado na Ucrânia, apesar de proibição por convenções internacionais

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 14h04 - Publicado em 2 Maio 2024, 16h27
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  • O Departamento de Estado dos Estados Unidos divulgou nesta quarta-feira, 1º, um comunicado acusando a Rússia de violar as regras da Convenção sobre Armas Químicas (CWC) em solo ucraniano, anunciando novas sanções contra empresas e órgãos governamentais russos. 

    O comunicado alega que “a Rússia usou a arma química cloropicrina” e “agentes de controle de choque”, ou gás lacrimogêneo, “como um método de guerra” contra a Ucrânia, apesar das substâncias serem proibidas pela CWC.

    “O uso de tais produtos químicos não é um incidente isolado e provavelmente é impulsionado pelo desejo das forças russas de desalojar as forças ucranianas de posições fortificadas e alcançar ganhos táticos no campo de batalha”, disse o departamento estadunidense.

    A acusação se baseia em relatos de soldados ucranianos que afirmam terem sido alvos de gases e outros produtos químicos em algumas áreas da linha de frente contra a Rússia. Segundo as Forças Armadas da Ucrânia, já foram registrados mais de mil casos de uso de “munições de gás lacrimogêneo equipadas com produtos químicos tóxicos que são proibidos para a guerra”, sendo 250 apenas no mês de fevereiro.

    A Rússia afirma que não possui e não faz uso de armas químicas e o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, se pronunciou sobre o assunto negando as acusações feitas pelos EUA.

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    “Essas acusações são absolutamente infundadas, não são apoiadas por nada. A Rússia estava e continua comprometida com suas obrigações no direito internacional”, disse. 

    O uso de armas químicas é proibido pelas leis internacionais desde o final da Primeira Guerra Mundial e as regras foram reforçadas em 1993 com a proibição da produção, armazenamento e transferência dos produtos químicos.

    Novas sanções

    Em resposta ao uso de armas químicas contra as forças ucranianas, o Departamento de Estado anunciou quase 300 novas sanções contra empresas e figuras que demonstraram apoio à Rússia na guerra. 

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    O comunicado afirmou que os EUA estão “reimpondo restrições ao financiamento militar estrangeiro, linhas de crédito do governo dos EUA e licenças de exportação para artigos de defesa e itens sensíveis à segurança nacional que vão para a Rússia”, além de sanções contra três entidades governamentais russas relacionadas ao uso das substâncias químicas na guerra e quatro empresas que apoiam esses órgãos governamentais.

    O departamento também disse que irá impôr novas sanções à três pessoas ligadas à morte do Alexei Navalny, principal opositor ao presidente Putin: o diretor da prisão onde Navalny estava preso, o chefe que supervisionava a cela de Navalny e o pátio de caminhada onde ele supostamente desmaiou e morreu, além do médico chefe da prisão.

    Em março de 2022, o presidente Joe Biden já havia ameaçado responder caso a Rússia utilizasse armas químicas contra a Ucrânia e, em abril do ano passado, os ministros das Relações Exteriores dos membros do G7 afirmaram que o país sofreria “consequências graves” se violasse as leis contra o uso desses produtos químicos.

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