O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta segunda-feira 11, que vai retirar ao longo desta semana seu pessoal diplomático que ainda prossegue na embaixada de Caracas, por conta da deterioração da “situação” na Venezuela.
“Esta decisão reflete a deterioração da situação na Venezuela, bem como a conclusão de que a presença do pessoal diplomático na embaixada se tornou um obstáculo para a política dos EUA”, afirmou o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.
Washington já havia ordenado, no dia 24 de janeiro, a saída da Venezuela de seu pessoal diplomático não essencial, embora tenha deixado um grupo de funcionários para administrar a embaixada em Caracas com “capacidade limitada de prestar serviços de emergência aos cidadãos americanos”.
A decisão do dia 24 de janeiro foi tomada no dia seguinte ao governo de Nicolás Maduro ordenar a expulsão de todos os funcionários diplomáticos dos EUA na Venezuela e após o reconhecimento, por parte do presidente Donald Trump, do líder da oposição Juan Guaidó como mandatário venezuelano.
Os EUA, no entanto, responderam que não iriam retirar seu pessoal por não reconhecer a autoridade de Maduro, se referindo a ele como “ex-presidente”.
Washington lidera uma estratégia internacional para depor Maduro e entregar o poder a Guaidó, que recebeu o reconhecimento de mais de 50 países, entre eles o Brasil.
Maduro, por sua vez, é apoiado pela Rússia e China, assim como Cuba, México e Bolívia.
Tanto Trump como os seus assessores mais próximos em Washington repetiram que “todas as opções”, incluindo a militar, “estão sobre a mesa” para tirar a Maduro do poder.