Os Estados Unidos anunciaram no sábado (24) que reuniram 522 crianças imigrantes com seus familiares, separadas dos seus pais após atravessar a fronteira com o México, a primeira consequência tangível do decreto assinado pelo presidente, Donald Trump.
O Departamento de Segurança Nacional divulgou esse número em comunicado, no qual dá alguns detalhes sobre seu plano para reunificar as famílias imigrantes que foram separadas como consequência da política de “tolerância zero”, que começou a ser aplicada em abril.
Segundo a nota, até 20 de junho, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos tinha 2.053 menores sob sua custódia, embora apenas 17% tenham sido separados dos seus pais, enquanto os 83% restantes correspondem a crianças que viajaram sozinhas para o país.
A reunificação dos 522 menores foi realizada pelo Escritório de Alfândegas e Proteção Fronteiriça (CBP), agência que processa os imigrantes ilegais quando chegam aos Estados Unidos.
A CBP tinha previsto reunir outros 16 menores com seus pais na sexta-feira (22), mas o encontro teve que ser adiado devido às más condições meteorológicas e possivelmente vai acontecer nas próximas 24 horas, segundo informa a nota.
Com a adoção da política de tolerância zero à imigração ilegal pelo governo Trump em abril passado, a separação entre filhos e pais se tornou mais frequente. Os imigrantes pegos pelas forças de segurança passaram imediatamente a responder um processo judicial por ingresso ilegal no país, e os menores foram separados imediatamente deles.
Sem instalações adequadas na zona de fronteira com o México, centros improvisados foram montados pelo governo para acolher as crianças, como aqueles nos quais elas estão divididas em celas de arame, sem o número adequado de funcionários para cuidar delas. O fato gerou reações dentro dos Estados Unidos e mundo afora.
Na última quarta-feira, pressionado pelas reações na sua base política republicana e em sua própria família, Trump determinou o fim da separação das famílias de imigrantes presos. O Pentágono estuda a transferência de parte das famílias para suas bases militares no país.
(Com EFE)