Os Estados Unidos superaram, na quarta-feira 10, a marca de 2 milhões de casos do novo coronavírus, mais do que qualquer outro país do mundo, de acordo com a contagem independente da Universidade Johns Hopkins. A Covid-19 ainda mata mais de 1.000 americanos todos os dias.
Apesar dos dados alarmantes, o governo continua a apoiar o relaxamento das medidas de distanciamento social em todo o país. Na semana passada, o presidente Donald Trump chegou a dizer que o vírus havia sido reduzido a apenas “brasas” e “cinzas” de uma pandemia em seu fim.
O republicano ainda anunciou nesta quarta a data de seu primeiro comício depois da eclosão da pandemia. O evento de campanha acontecerá em 19 de junho em Tulsa, Oklahoma. A decisão provocou críticas imediatas, já que o comício deve certamente gerar aglomerações.
O número exato de infecções confirmadas em todo o país é agora de 2.000.464, enquanto o total de mortos pela pandemia da Covid-19 chega a 112.924. Os casos nos Estados Unidos – que representam mais de 27% dos declarados em todo o mundo – são seguidos por 772.416 no Brasil e 493.023 na Rússia.
Pelo menos 21 estados americanos viram os números de infecções crescerem em seu território desde que a Casa Branca iniciou a reabertura da economia. No Arizona, o governo pediu aos hospitais que ativem os planos de emergência para uma segunda onda.
O estado de Nova York tem sido o grande epicentro da pandemia no país, com 380.156 casos confirmados e 30.542 mortes, número apenas atrás do Reino Unido, Brasil e Itália. Somente na cidade de Nova York, 21.960 pessoas morreram.
Na sequência está o estado de Nova Jersey, com 165.346 casos confirmados e 12.377 mortes, Califórnia, que registrou 139.715 infecções e 4.854 mortes, e Illinois, com 129.837 positivos para coronavírus e 6.095 vítimas. Outros estados com um grande número de mortes são Massachusetts com 7.454, Pensilvânia com 6.062, Michigan com 5.955 ou Connecticut com 4.120.
O balanço provisório de mortos – 112.924 – já excedeu o nível mais baixo das estimativas iniciais da Casa Branca, que projetavam na melhor das hipóteses entre 100.000 e 240.000 óbitos devido à pandemia.
O Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME, sigla em inglês) da Universidade de Washington, em cujos modelos de previsão da evolução da pandemia que a Casa Branca costuma estabelecer, calcula que, no início de agosto, a Covid-19 terá deixado mais de 145.000 mortos nos Estados Unidos.
(Com EFE)