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EUA citam ‘esperança’ de acordo de cessar-fogo entre Hamas e Israel

Em Riad, capital da Arábia Saudita, para o Fórum Econômico Mundial, secretário de Estado dos EUA disse que espera que os militantes "tomem a decisão certa"

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 12h49 - Publicado em 29 abr 2024, 14h33
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  • O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse nesta segunda-feira, 29, que tem “esperança” de que o grupo palestino radical Hamas aceitará um novo acordo de cessar-fogo, mediado pelo Egito e Catar. Em Riad, capital da Arábia Saudita, para o Fórum Econômico Mundial, Blinken afirmou que espera que os militantes “tomem a decisão certa” ao concordar com o pacto que permitirá a libertação de reféns e o retorno de famílias deslocadas ao norte de Gaza. Ao todo, as hostilidades seriam interrompidas por 40 dias.

    “O Hamas tem diante de si uma proposta que é extraordinariamente, extraordinariamente generosa por parte de Israel”, discursou. “A única coisa que se interpõe entre o povo de Gaza e um cessar-fogo é o Hamas. Eles têm de decidir e têm de decidir rapidamente.”

    Acredita-se que líderes do Hamas se reunirão nesta sexta-feira para anunciarem o veredito sobre o acordo, que seria um caminho para um cessar-fogo permanente, como solicitado pelo grupo. Em entrevista à agência de notícias Reuters, uma fonte envolvida nas negociações informou, sob condição de anonimato, que ao menos 40 dos 130 civis em cativeiro seriam soltos, bem como um número ainda não divulgado de palestinos mantidos em prisões em Israel.

    Ao lado dos EUA, o Reino Unido somou-se ao coro e instou os militantes a aceitarem a resolução. O ministro das Relações Exteriores britânico, David Cameron, disse em Riad que a proposta israelense é “generosa” e que “todos os olhos do mundo deveriam estar voltados para eles [líderes do Hamas] hoje, dizendo ‘aceite esse acordo'”.

    Outros países, como França, Jordânia e Egito, também enviaram ministros à capital saudita como pressão diplomática para o fim da guerra na Faixa de Gaza, iniciada em 7 de outubro. Mais de 34 mil palestinos foram mortos desde a eclosão do conflito. O único e último cessar-fogo, realizado em novembro do ano passado, permitiu a soltura de 105 cativos e 240 prisioneiros palestinos.

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    Rafah e Arábia Saudita

    No fórum, o secretário de Estado americano alertou Israel — a quem o presidente Joe Biden destinou apoio “sólido como uma rocha e inabalável”, depois dos ataques de 7 de outubro — de que a investida terrestre em Rafah, cidade superpovoada ao sul da Faixa de Gaza, depende da proteção da vida de civis. Mais de um milhão de deslocados de Gaza migraram para Rafah sob orientações anteriores do governo israelense, fugindo dos bombardeios em outras áreas do enclave.

    Além disso, Blinken acrescentou que os Estados Unidos e a Arábia Saudita fizeram “um intenso trabalho conjunto” nos últimos meses para um acordo de normalização entre os sauditas e Israel. O reino, assim como outros países árabes, demandam que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aceite a criação de um Estado palestino, pedido também encabeçado pelo Hamas. Ele, no entanto, nega a possibilidade.

    “Para avançar com a normalização, serão necessárias duas coisas: calma em Gaza e um caminho credível para um Estado palestiniano”, reforçou Blinken.

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