Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

EUA darão “resposta rápida” à expulsão de diplomatas pela Venezuela

Secretário de Estado sugere que medidas podem ser mais amplas; EUA aplica sanções ao regime de Maduro desde as eleições de domingo

Por Da Redação
Atualizado em 23 Maio 2018, 19h37 - Publicado em 23 Maio 2018, 15h17

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, disse que a expulsão de dois diplomatas americanos na Venezuela terá uma “resposta rápida”, segundo postagem em sua conta oficial no Twitter feita nesta quarta-feira 23. O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, também se pronunciou sobre o assunto, afirmando que a resposta dos Estados Unidos poderia ser inclusive mais ampla, sem oferecer detalhes.

As expulsões marcaram a mais recente escalada de tensão entre os dois países, depois que os Estados Unidos impuseram sanções contra o governo venezuelano em resposta pelo que denunciaram como eleições “falsas”. O pleito, que aconteceu no último domingo (20), não teve a participação da oposição e o atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, foi reeleito com 67,7% dos votos válidos.

“Recebemos uma notificação formal, responderemos de maneira apropriada, reciprocamente, talvez mais do que isso, apropriadamente. Continuamos monitorando o regime de Maduro e seu destrutivo comportamento contra o povo da Venezuela”, disse Pompeo durante um comparecimento no Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deu 48 horas a partir desta terça-feira para o encarregado de negócios dos Estados Unidos em Caracas, Todd Robinson, e seu braço-direito, Brian Naranjo, que exercia a função de chefe da seção política da embaixada, deixarem o país.

Maduro, além disso, acusou Robinson de participar de uma conspiração militar, econômica e política, assim como de ter “violado a lei internacional de maneira descarada”, e disse ter provas que serão apresentadas mais adiante.

Continua após a publicidade

O diplomata rejeitou essas acusações, uma postura que também foi defendida pelo Departamento de Estado americano, que qualificou de “falsas” as acusações de Maduro.

Antecipando-se à previsível expulsão do encarregado de negócios venezuelano nos Estados Unidos, Carlos Ron Ramírez, em virtude da reciprocidade diplomática, Maduro o nomeou vice-ministro de Relações Exteriores para a América do Norte e deixou vacante, por enquanto, o cargo em Washington.

Robinson estava como diplomata a menos de um ano em Caracas e era o mais alto representante dos Estados Unidos na Venezuela. Ambos os países não possuem embaixadores há oito anos, em razão de conflitos diplomáticos iniciados com a chamada revolução bolivariana, após a eleição de Hugo Chávez, em 1999.

Reprovação internacional

Os Estados Unidos, assim como o Brasil e outros países, não reconheceram a vitória de Maduro nas eleições de domingo, que foram boicotadas pela maior parte da oposição por considerá-las fraudulentas.

Continua após a publicidade

Sobre essa questão, Pompeo afirmou que os Estados Unidos “estão impondo uma nova pressão econômica sobre o regime de Maduro para ajudar o país a retornar à democracia” e, além disso, garantiu que está trabalhando com “os sócios regionais com ideias afins para que façam o mesmo”.

Nesta quarta-feira, os presidentes e primeiros-ministros das maiores economias do mundo  grupo conhecido como G7, composto por Canadá, Japão, Reino Unido, Estados Unidos, França, Alemanha, Itália  também divulgaram comunicado em que pressionam o governo venezuelano a convocar novas eleições no país. O grupo ainda acusa Maduro de “autoritarismo”.

Assinado pelos países-membros do grupo e com o apoio de outros integrantes da União Europeia (UE), o comunicado do bloco confirmou uma “rejeição ao processo eleitoral” na Venezuela. “Ao se recusar a aceitar padrões internacionais e ao não estabelecer garantias básicas para um processo democrático, inclusivo e justo, essa eleição e seu resultado não têm legitimidade ou credibilidade”, declararam os governos.

“Portanto, denunciamos a eleição presidencial venezuelana e seu resultado por não serem representativos da vontade democrática dos cidadãos da Venezuela”, indicaram os líderes. “O governo venezuelano perdeu a oportunidade para uma retificação política urgente.”

Continua após a publicidade

“Enquanto o regime de Nicolás Maduro solidifica seu controle autoritário, o povo da Venezuela continua a sofrer abusos de direitos humanos e sérias privações, causando o deslocamento cada vez maior e afetando países pela região”, apontaram.

“Pedimos ao regime de Maduro que restabeleça a democracia constitucional na Venezuela e organize eleições livres e justas que possam de fato refletir a vontade democrática do povo, que libere presos políticos, restaure a autoridade da Assembleia Nacional e garanta acesso a atores humanitários.”

(Com Reuters e EFE)

 

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.