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EUA deportam professora universitária apesar de visto válido e ordem judicial contrária

Caso marca deportação mais recente de pessoa nascida no exterior, mas com visto dos EUA, após estudantes serem expulsos do país na semana passada

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 mar 2025, 07h33 - Publicado em 17 mar 2025, 17h50

Uma professora da Faculdade de Medicina da Universidade Brown, membro do seleto grupo das Ivy League, foi deportada dos Estados Unidos durante o fim de semana, apesar de ter visto válido e ordem de um juiz para que ela não fosse removida. Nesta segunda-feira, 17, autoridades da Segurança Nacional disseram que a médica, cidadã do Líbano, foi deportada por ter “reconhecido abertamente” que participou do funeral do líder do Hezbollah — uma organização política, com representação no Parlamento libanês, mas também uma força paramilitar.

O caso marca a deportação mais recente de uma pessoa nascida no exterior, mas com visto dos EUA. Na semana passada, um estudante da Universidade Columbia, que liderou protestos contra a guerra em Gaza, foi preso, enquanto outro estudante teve seu visto revogado. Além disso, o governo de Donald Trump também transferiu centenas de imigrantes detidos para El Salvador, mesmo após um juiz federal emitir uma ordem proibindo temporariamente as transferências.

“Um visto é um privilégio, não um direito — glorificar e apoiar terroristas que matam americanos é motivo para que a emissão do visto seja negada. Isso é segurança de senso comum”, afirmou a Segurança Nacional dos EUA em comunicado.

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Rasha Alawieh, médica especializada em transplante de rins, viajou de volta ao Líbano no mês passado para visitar parentes. Durante a viagem, ela teria comparecido ao funeral de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, morto durante ataque aéreo de Israel em setembro de 2024, em Beirute. Ela foi detida na quinta-feira passada, quando voltou as Estados Unidos.

No dia seguinte, o juiz Leo Sorokin, do Tribunal Distrital Federal de Massachusetts, ordenou ao governo que notificasse o tribunal com 48 horas de antecedência antes de deportar Alawieh. Apesar disso, ela foi colocada em um voo para a França, de onde seguiu ao Líbano.

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Advogados do governo disseram em um processo judicial nesta segunda-feira que os agentes da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA no aeroporto de Boston não receberam notificação da ordem até que ela “já tivesse partido dos Estados Unidos”. No processo, os representantes do governo pedem que a ordem seja rejeitada.
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Como reação, médicos e membros da comunidade universitária protestaram do lado de fora do tribunal federal de Boston.

“Ela é uma das três nefrologistas de transplante em todo o estado de Rhode Island, que, você sabe, também atende partes de Massachusetts e Connecticut”, disse a médica Susie Hu à agência de notícias Associated Press. “A ausência dela é realmente prejudicial ao nosso programa.”

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O Dr. Douglas Shemin, que disse ter contratado Alawieh na Brown Medicine, a chamou de uma clínica, médica e professora “excelente” que trabalhava longas horas sem reclamar.

“Ela tem uma importante fonte de conhecimento, uma fonte de conhecimento que nem todo mundo tem”, disse à AP.

A unidade médica da Brown atualmente tem cerca de 300 a 400 pacientes esperando por transplantes de rim, de acordo com Shemin. Cada um precisa ser avaliado regularmente, o que agora deve ser feito por apenas dois médicos.

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