EUA dizem ter erradicado ‘vespas assassinas’ após cinco anos de combate

Autoridades americanas anunciaram na noite de quarta-feira, 19, a erradicação das chamadas “vespas assassinas”, oficialmente conhecidas como vespas gigantes do norte. O Departamento de Agricultura do Estado de Washington confirmou que a espécie não é detectada no território há três anos.

“Estamos orgulhosos desta vitória histórica contra uma espécie invasora”, disse Mark Davidson, do Departamento de Agricultura, em um comunicado à imprensa.

Nativa da Ásia, a espécie foi avistada pela primeira vez nos EUA em 2019, após relatos na província canadense de Columbia Britânica. Com uma picada potente e letal para humanos, essas vespas também representam uma grande ameaça às abelhas, destruindo colônias inteiras em poucas horas e prejudicando a polinização de cultivos essenciais. Eles também podem cuspir veneno, embora normalmente não sejam agressivos contra humanos.

Em 2020, o primeiro ninho foi destruído com uma técnica inovadora: cientistas rastrearam uma vespa para localizar a colônia. No total, quatro ninhos foram eliminados no canto noroeste de Washington. Em 2023, o último ninho destruído abrigava cerca de 1.500 vespas em diferentes estágios de desenvolvimento.

Apesar do sucesso, ainda há risco de novas infestações. Sven Spichiger, especialista em pragas, alertou que as vespas podem retornar ou que outras espécies invasoras possam chegar ao país. Em outubro de 2024, um possível avistamento levou à instalação de novas armadilhas.

Embora raros, ataques a humanos são graves. Esses insetos, que chegam a 5 centímetros de comprimento, causam entre 50 e 75 mortes anuais. Com a erradicação nos EUA, os riscos de fatalidades devem permanecer baixos, ao menos por enquanto.

Para evitar preconceitos, a Sociedade Entomológica da América alterou, em 2022, o nome do inseto de “vespão gigante asiático” para vespa gigante do norte.

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