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EUA e Israel discutem possível controle americano sobre Gaza, diz agência

Consultas giraram em torno de um governo de transição comandado por uma autoridade americana, segundo Reuters

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 Maio 2025, 13h46

Autoridades dos Estados Unidos e de Israel discutiram a possibilidade de Washington comandar um governo temporário pós-guerra para Gaza, de acordo com cinco pessoas familiares, relatou a agência de notícias Reuters nesta terça-feira, 7.

As consultas giraram em torno de um governo de transição comandado por uma autoridade americana, que ficaria no posto até desmilitarização e estabilização de Gaza, incluindo um governo palestino “viável”, segundo as fontes ouvidas pela Reuters.

As fontes, que falaram sob condição de anonimato por não estarem autorizadas a discutir as negociações publicamente, compararam a proposta à Autoridade Provisória da Coalizão no Iraque, que Washington estabeleceu em 2003, logo após a invasão liderada pelos EUA que derrubou Saddam Hussein.

Mais cedo neste ano, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que Washington deveria “assumir” a Faixa de Gaza e realocar os palestinos em outros países.

“Em vez de (os palestinos) voltarem e reconstruírem (Gaza), os Estados Unidos vão assumir e fazer algo com ela. Vamos tomar conta”, declarou Trump. Ele também mencionou que Washington poderia buscar “pedaços de terra” para reassentar os palestinos em países vizinhos.

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A proposta foi rapidamente condenada pela comunidade internacional. Países como França, Espanha, Reino Unido e Rússia se posicionaram contra a medida e condenaram qualquer tentativa de retirada forçada dos palestinos de suas terras. Em resposta, o Escritório de Direitos Humanos da ONU, com sede em Genebra, afirmou que “qualquer transferência forçada ou deportação de pessoas de território ocupado é estritamente proibida”.

Em pronunciamento, o órgão enfatizou a importância de avançar para a próxima fase da trégua na guerra entre Israel e Hamas, visando a libertação de todos os reféns e prisioneiros detidos arbitrariamente, o fim do conflito e a reconstrução de Gaza, com pleno respeito ao direito humanitário internacional.

Na terça-feira, 6, o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, afirmou que a Faixa de Gaza será “totalmente destruída” e que os palestinos serão deslocados “em grande número para terceiros países”. A declaração ocorre um dia após o gabinete de segurança do país aprovar um plano para a Operação Carruagens de Gideão, que prevê “a conquista” e “a manutenção dos territórios”.

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“Gaza será totalmente destruída, os civis serão enviados para o sul, para uma zona humanitária sem Hamas ou terrorismo, e de lá começarão a sair em grande número para terceiros países”, disse Smotrich durante uma conferência sobre assentamentos judaicos na Cisjordânia.

Quase 2 milhões de palestinos foram deslocados e mais de 51 mil foram mortos desde o início da guerra entre Israel e o grupo palestino radical Hamas, em outubro de 2023. Grupos de direitos humanos dizem que deslocar pessoas à força é um crime de guerra em potencial e um crime contra a humanidade — esse último corresponde a “violações graves cometidas como parte de um ataque em larga escala contra qualquer população civil”, incluindo deportação, segundo o Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia.

Egito e Jordânia se recusam a aceitar o êxodo da população de Gaza para os seus territórios, já que a permissão atestaria cumplicidade com o crime de limpeza étnica. Por sua vez, a Corte Internacional de Justiça (ICJ), das Nações Unidas, analisa acusações de genocídio contra Israel. No ano passado, o tribunal ordenou que o governo israelense “tomasse todas as medidas” para prevenir e punir incitações de genocídio, além de demandar que Tel Aviv permita o “fornecimento irrestrito” de ajuda humanitária ao enclave palestino através da fronteira com o Egito.

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