EUA impõem sanções a transportadores de petróleo da Venezuela a Cuba
Medida tem objetivo de estrangular as vendas de combustível à ilha e o suposto apoio militar de Havana ao regime de Nicolás Maduro
Os Estados Unidos impuseram nesta sexta-feira, 10, sanções contra duas companhias e dois navios petroleiros envolvidos no transporte de petróleo da Venezuela para Cuba. Em claro recado à Rússia e a Cuba, também ameaçaram adotar novas restrições a quem operar nos setores de defesa e inteligência do país sul-americano.
Os alvos das sanções são as empresas Monsoon Navigation Corporation, sediada nas Ilhas Marshall e dona do navio petroleiro Ocean Elegance, e a Serenity Martime Limited, baseada na Libéria e proprietária da embarcação Leon Días. As sanções consistem no bloqueio de bens das empresas e de seus proprietários.
A iniciativa tem claramente o objetivo de estrangular o comércio de petróleo, a preços subsidiados, da Venezuela a Cuba e o suposto apoio militar de Havana ao regime de Nicolás Maduro. As exportações de petróleo venezuelano, em geral, já estão visadas por sanções dos Estados Unidos.
Em comunicado, o Departamento do Tesouro descreveu suas sanções como “uma resposta direta à detenção ilegal, por parte do Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência), de membros da Assembleia Nacional (Parlamento)”. Tratou-se de uma referência à prisão, na quarta-feira 8, do vice-presidente desse plenário, Édgar Zambrano, e das ameaças de detenção aos demais parlamentares.
“A ação de hoje do Tesouro é aviso aos serviços militares e de inteligência da Venezuela, assim como a quem lhes dá respaldo, que este apoio ao regime ilegítimo de (o presidente venezuelano, Nicolás) Maduro terá consequências graves”, disse na nota o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin.
O Tesouro americano alertou que novas sanções serão adotadas se Cuba continuar a receber petróleo venezuelano “em troca de apoio militar”. “Como dissemos repetidamente, o caminho para o alívio das sanções é a adotar ações concretas e significativas para restaurar a democracia”, afirma a nota.
(Com EFE)