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EUA indiciam vice-presidente da Venezuela por violar sanções

Tareck el Aissami é alvo de medidas punitivas por seu envolvimento com o narcotráfico; seu 'testa de ferro' também será processado

Por Da Redação
8 mar 2019, 18h48

Os Estados Unidos indiciaram nesta sexta-feira, 8, o vice-presidente para economia da Venezuela, Tareck el Aissami, por ter violado sanções americanas impostas sobre ele em 2017 por causa de seu envolvimento com o narcotráfico. Aissami acumula o cargo de ministro de Indústria e Produção Nacional e é um dos principais aliados do ditador Nicolás Maduro.

O governo de Donald Trump incluiu El Aissami em sua lista de “chefes do tráfico” em 2017 por seu “importante papel” na comercialização de drogas no mercado internacional. Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, o Departamento de Justiça americano detalhou que a autoridade venezuelana violou o embargo ao viajar em um avião privado da Rússia à Venezuela em 23 de fevereiro passado.

Além de Aissami, o empresário Samark José López Bello também está sendo processado nos Estados Unidos pelas mesmas razões.

As sanções impostas aos dois venezuelanos foram ditadas sob a Lei Kingpin, promulgada em dezembro de 1999 para bloquear as atividades de indivíduos ou de organizações estrangeiras suspeitas de estarem vinculados com o narcotráfico. A lista de transgressores é conhecida como “Lista Clinton”.

“As sanções internacionais restringem as atividades de indivíduos e de países que supostamente realizam práticas incompatíveis com os Estados Unidos e os impedem de beneficiarem-se econômica, política ou humanitariamente, assim como receber outro tipo de apoio americano globalmente”, afirmou o promotor federal Geoffrey S. Berman em comunicado divulgado nesta sexta-feira.

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As sanções implicam no congelamento de todo patrimônio ou ativos que os listados tiverem em território americano, assim como a proibição de realizarem transações comerciais com cidadãos dos Estados Unidos.

As autoridades americanas consideram provado que tanto Aissami como López Bello violaram estas restrições em sua viagem. Ao inclui-lo na lista, o Tesouro considerou que Aissami exercia “um papel significativo no tráfico internacional de narcóticos”, com o México e os Estados Unidos incluídos entre os principais destinos das drogas.

Já López Bello foi acusado de ser o “testa-de-ferro” de Aissami e de proporcionar “material, apoio financeiro, bens e serviços” ao narcotráfico, segundo um alto funcionário americano.

(Com EFE)

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