EUA investigam governo Obama por ‘narrativa’ de influência russa na vitória de Trump
Barack Obama é acusado de fabricar relatórios de inteligência sobre a interferência da Rússia nas eleições de 2016, na suposta tentativa de difamar Trump
A secretária de Justiça dos Estados Unidos, Pam Bondi, abriu uma investigação nesta segunda-feira, 4, contra funcionários do governo de Barack Obama por supostamente fabricar relatórios de inteligência sobre a influência russa nas eleições de 2016, da qual Donald Trump saiu vitorioso. O inquérito tem como base documentos divulgados pela diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, que enfraqueceriam as alegações de que a Rússia tentou favorecer Trump na disputa contra a democrata Hillary Clinton.
Bondi apresentará “evidências” a um grande júri, que decidirá sobre a apresentação de uma acusação criminal, informou a emissora americana Fox News, com base em uma carta da secretária de Justiça. Os indícios, segundo Bondi, apontam que autoridades democratas teriam tentado disseminar informações falsas de que a campanha republicana mantinha laços com o governo russo, acusado pelo governo Obama de conduzir uma campanha de desinformação contra Clinton para influenciar o resultado do pleito.
Em julho, Gabbard divulgou documentos que comprovariam o suposto esquema de fabricação de informações. Entre eles, estava o memorando “Supressão de informações de inteligência pela Comunidade de Inteligência, mostrando que ‘atores russos e criminosos não impactaram’ a eleição presidencial de 2016 por meio de ataques cibernéticos à infraestrutura”, de acordo com a Fox News. A diretora de Inteligência também orientou a abertura de uma investigação contra Obama e membros da sua administração por conspiração.
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Acusações de Gabbard
Na ocasião, Gabbard afirmou que o governo Obama tentou emplacar a “narrativa artificial de que a Rússia interferiu nas eleições de 2016 para ajudar o presidente Trump a vencer, vendendo-a ao povo americano como se fosse verdade”. Para embasar a grave acusação, ela apresentou a ata de uma suposta reunião, na qual o ex-presidente teria orientado assessores a prepararem uma avaliação de inteligência depois do triunfo de Trump. O relatório, que foi publicado em dezembro de 2016, deveria abordar o mecanismo russo.
Os documentos apresentados por Gabbard, no entanto, não contrariam as principais acusações do governo Obama, que levaram a investigações contra Trump no seu primeiro mandato. Em 2017, a Inteligência dos EUA afirmou que Moscou lançou uma campanha de influência e ataques cibernéticos para prejudicar Clinton, beneficiando Trump por consequência. Gabbard, por sua vez, alega que a Rússia apenas tentou levantar dúvidas sobre a democracia americana e que a avaliação democrata buscava deliberadamente difamar Trump.
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