EUA lançam ataques contra 15 alvos militares dos houthis no Iêmen
Ataques americanos tiveram como alvo Sanaa, capital do Iêmen, o sul da cidade de Dhamar e a província de al-Bayda
O Comando Central dos Estados Unidos, que supervisiona as tropas americanas no Oriente Médio, disse ter atacado 15 alvos dos houthis, facção político-religiosa financiada pelo Irã, no Iêmen nesta sexta-feira, 4. Moradores relataram explosões em postos militares e em um aeroporto no território iemenita, segundo a agência de notícias Reuters.
Os ataques americanos tiveram como alvo Sanaa, capital do Iêmen, o sul da cidade de Dhamar e a província de al-Bayda, de acordo a emissora Al Masirah TV, controlada pelos houthis. O anúncio ocorre uma semana após o grupo lançar mísseis contra as cidades de Tel Aviv e Ashkelon, em Israel, e contra três destróieres dos Estados Unidos no Mar Vermelho. Os navios não teriam sofrido danos, conforme informou Washington anteriormente.
A partir de novembro do ano passado, os houthis conduziram mais de 100 operações contra embarcações no Mar Vermelho como retaliação à guerra na Faixa de Gaza, iniciada em outubro de 2023, e em solidariedade aos palestinos. O ataque da última sexta-feira, portanto, teria sido realizado em apoio à população do Líbano, que tem sido alvo de intensos bombardeios israelenses.
+ Líder do Hezbollah concordou com cessar-fogo dias antes de ser morto, diz Líbano
Situação no Líbano
Israel lançou os ataques aéreos mais intensos contra o Líbano desde a guerra de 2006. Até o momento, o Ministério da Saúde libanês já registrou mais de 1.900 vítimas. Em discurso televisionado, o porta-voz militar dos houthis, Yahya Sarea, advertiu na semana passada que os ataques não cessariam até que o governo do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, recue e interrompa as explosões em Gaza e no Líbano.
A instabilidade na região foi agravada há cerca de duas semanas, após uma série de pagers, principal forma de comunicação da milícia libanesa Hezbollah, e walkie-talkies explodirem no Líbano, em ataque atribuído ao governo israelense. Foi o estopim de meses de trocas de disparos, desde o início da guerra em Gaza, em outubro do ano passado, quando a milícia libanesa iniciou ataques em solidariedade ao povo palestino.