EUA mostram grupo de ataque de porta-aviões ‘letal’ que pressiona Maduro; veja fotos
Demonstração de força ocorre em meio à escalada de tensões entre Estados Unidos e Venezuela
A Marinha dos Estados Unidos divulgou nesta sexta-feira, 14, as primeiras fotos do grupo de ataque do maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald Ford, dias após a chegada da embarcação no Caribe. A demonstração de força ocorre em meio à escalada de tensões entre EUA e Venezuela, reflexo das operações americanas na região. Na véspera, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, anunciou a operação militar “LANÇA DO SUL”, com objetivo de “remover narcoterroristas” e “proteger nossa Pátria de drogas que estão matando nosso povo”.
O planejamento militar prossegue em um cenário de crescente mobilização militar americana na América Latina e do aumento das expectativas de uma possível ampliação das operações no Caribe e Pacífico. Nos últimos meses, os Estados Unidos lançaram ao menos 21 ataques a barcos na região, resultando em 80 mortos. Os atos são considerados “execuções extrajudiciais” pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A Marinha dos EUA descreve o USS Gerard Ford como “a plataforma de combate mais capaz, adaptável e letal do mundo”. Além dele, destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6.500 soldados foram despachados para o Caribe, enquanto Trump intensifica o jogo de quem pisca primeiro com o governo venezuelano.
O republicano também revelou que havia autorizado a CIA a conduzir operações secretas dentro da Venezuela, aumentando as especulações em Caracas de que Washington quer derrubar o presidente Nicolás Maduro.
Fontes próximas à Casa Branca afirmam que o Pentágono apresentou a Trump diferentes opções, incluindo ataques a instalações militares venezuelanas — como pistas de pouso — sob a justificativa de vínculos entre setores das Forças Armadas e o narcotráfico. Os EUA acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles e oferecem uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura do chefe do regime chavista. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também foi acusado por Trump de ser “líder do tráfico de drogas” e “bandido”.
Os incidentes geraram alarme entre alguns juristas e legisladores democratas, que denunciaram os casos como violações do direito internacional. Em contrapartida, Trump argumentou que os EUA já estão envolvidos em uma guerra com grupos narcoterroristas da Venezuela, o que torna os ataques legítimos. Autoridades afirmaram ainda que disparos letais são necessários porque ações tradicionais para prender os tripulantes e apreender as cargas ilícitas falharam em conter o fluxo de narcóticos em direção ao país.
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Recado de Maduro
Na terça-feira, 12, Maduro ativou os chamados “Comandos Integrados de Defesa”, uma nova estrutura que reúne “todas as instituições públicas do Estado venezuelano, a instituição militar e todo o poder popular” para fortalecer a capacidade de defesa em caso de confronto militar. A medida foi sancionada na véspera e faz parte da Lei do Comando para a Defesa da Nação, que será implementada “em três níveis de governo: nacional, estadual e municipal”, como informou o presidente da Assembleia Nacional, Jorge de Jesús Rodríguez.
“Se dependesse de nós, como República, como povo, pegar em armas para defender este patrimônio sagrado dos libertadores, estaríamos prontos para vencer e triunfar por meio do patriotismo e da coragem”, disse o líder chavista.
A legislação, baseada na “doutrina militar” de Hugo Chávez e aperfeiçoada por Maduro, define uma estrutura organizacional e operacional para os Comandos, além de estabelecer funções voltadas tanto para a defesa nacional quanto para a manutenção da vida produtiva e dos serviços públicos no país.
A estrutura é subordinada ao Comando Operacional Estratégico das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (Ceofanb). Isso significa que a direção, supervisão e coordenação das suas atividades são responsabilidade do órgão, comandado pelo general Domingo Antonio Hernández Lárez. Os treinamentos dos soldados também serão realizados pelo Ceofanb.
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