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EUA: o bom sinal para Kamala das pesquisas eleitorais em dia de votação

Cenário acirrado cria suspense e põe holofote sobre sete estados que devem decidir a eleição, como Pensilvânia, Geórgia, Arizona e Michigan

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 nov 2024, 19h43 - Publicado em 5 nov 2024, 09h50

As urnas abriram nos Estados Unidos na manhã desta terça-feira, 5, dando a largada a uma eleição presidencial incrivelmente acirrada. Ao longo das últimas quatro semanas, a vantagem que a vice-presidente americana e aspirante democrata à Casa Branca, Kamala Harris, possuía em nível nacional e em alguns estados-chave para determinar os resultados diminuiu, numa tendência que viu as chances do republicano Donald Trump aumentarem, segundo analistas.

As pesquisas de intenção de voto não mudaram do dia para a noite, mas uma análise geral das perspectivas trás boas notícias para Harris. Os principais levantamentos e agregadores ainda pintam uma corrida acirrada – porém, mais deles dão vitória a ela.

Uma postagem do Interactive Polls, uma conta independente no X que acompanha os dados de diferentes empresas de pesquisas, reuniu os resultados de dez das principais sondagens. Todos colocam a democrata à frente de Trump na corrida que mais importa, que é a dos votos por Colégio Eleitoral (nos Estados Unidos, cada estado ganha um número de votos, ou delegados, proporcional à sua população, que define o novo presidente).

São 538 votos no Colégio Eleitoral. É necessária uma maioria simples (270 ou mais) para eleger o presidente e o vice-presidente.

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A ressalva

Os americanos estão cada vez mais acostumados com disputas nesses moldes. Em 2000, 2016 e 2020, os resultados foram definidos por apenas algumas dezenas de milhares de votos. E as pesquisas também já erraram – subestimando Trump na disputa contra Hillary Clinton em 2016, e depois subestimando o presidente Joe Biden em alguns estados indecisos na corrida de 2020.

Neste ano, há sete estados para se observar na noite desta terça-feira – os chamados swing states, aqueles onde as preferências se alternam entre democratas e republicanos como um pêndulo.

Biden ganhou no Arizona e na Geórgia em 2020, estados considerados republicanos por uma geração inteira. Os democratas também venceram em Nevada há quatro anos, embora suas margens tenham diminuído. Biden varreu os estados da Pensilvânia, Michigan e Wisconsin em 2020 (apelidado de “muro azul”). Trump fez o mesmo em 2016. O único “estado campo de batalha” de 2024 que Trump venceu na última eleição foi a Carolina do Norte. Espera-se que lá haja uma disputa acirrada novamente.

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Com a ressalva usual de que tudo pode acontecer – e, nos últimos anos, isso acontece com frequência –, aqui estão alguns caminhos potenciais para Harris e Trump, respectivamente.

Vitória de Harris

Para Harris, o mapa é, de muitas maneiras, mais simples. Uma repetição do “muro azul” de Biden significa estar com um pé dentro do Salão Oval. Isso leva em conta a expectativa de que ela ganhará um delegado em Nebraska e perderá outro no Maine, dois estados que distribuem o voto do Colégio Eleitoral tanto para o vencedor estadual quanto para o vencedor distrital do Congresso.

Se o “muro azul” quebrar e a Pensilvânia for para Trump, o caminho fica mais complicado. O estado tem 19 votos no Colégio Eleitoral, e Harris precisaria compensar esse número vencendo na Geórgia e na Carolina do Norte, que têm 16. Se só ganhar em um deles, Nevada e Arizona podem se tornar decisivos.

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Vitória de Trump

Assim como Harris, o mapa de Trump se inclina fortemente para a Pensilvânia. Se ele vencer lá enquanto mantém a Carolina do Norte, o ex-presidente só precisaria que a Geórgia voltasse para os republicanos para chegar a 270.

Uma vitória sem a Pensilvânia, para o ex-presidente, requer que o “muro azul” rache em outro lugar. Nesse cenário, Trump provavelmente precisaria vencer no Michigan ou em Wisconsin, além de dominar o chamado Cinturão do Sol – da Geórgia, na Costa Leste, ao Arizona e Nevada, no oeste.

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