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EUA oferecem recompensa de US$ 10 milhões por informações sobre o Hezbollah na Tríplice Fronteira

Estima-se que o grupo sustentado pelo Irã movimente cerca de um bilhão de dólares por ano

Por Ernesto Neves Atualizado em 19 Maio 2025, 17h38 - Publicado em 19 Maio 2025, 17h34

O governo dos Estados Unidos está oferecendo uma recompensa de até 10 milhões de dólares por informações que levem à interrupção das redes financeiras do grupo terrorista Hezbollah, com foco especial na região da Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai.

O anúncio foi feito pelo programa Rewards for Justice (Recompensas por Justiça), do Departamento de Estado, administrado pelo Serviço de Segurança Diplomática.

Segundo as autoridades americanas, o grupo libanês tem utilizado a região para angariar recursos por meio de diversas atividades ilícitas, incluindo lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, contrabando de carvão, petróleo, diamantes e produtos de luxo, além da falsificação de documentos e moeda americana.

Empresas comerciais que atuam com construção civil, importação e exportação, bem como o mercado imobiliário na América Latina, também estariam sendo utilizadas como fonte de financiamento para a organização.

As recompensas podem ser pagas a quem fornecer informações que levem à identificação e neutralização de fontes de renda do Hezbollah, facilitadores financeiros, instituições bancárias ou casas de câmbio envolvidas, além de empresas de fachada ou esquemas de aquisição de tecnologia de uso duplo em nome do grupo.

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Denúncias podem ser feitas de forma anônima por meio de canais seguros como Signal, Telegram ou WhatsApp, no número +1-202-702-7843, ou ainda pela rede Tor.

Designado como Organização Terrorista Estrangeira pelo governo dos EUA desde 1997, o Hezbollah tem sede no Líbano e recebe apoio financeiro, treinamento e armamentos do Irã, país classificado como patrocinador do terrorismo por Washington desde 1984.

Estima-se que o grupo movimente cerca de um bilhão de dólares por ano, somando recursos provenientes do Irã, investimentos internacionais, redes de doadores e atividades criminosas.

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Desde os ataques coordenados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, o governo israelense intensificou de forma expressiva suas operações militares contra o Hezbollah, promovendo um desgaste considerável da estrutura do grupo xiita libanês. A estratégia bélica concentrou-se, sobretudo, na desarticulação da infraestrutura militar do Hezbollah no sul do Líbano, com o objetivo de reduzir sua capacidade ofensiva e dissuasora na fronteira norte de Israel.

Em setembro de 2024, as Forças de Defesa de Israel (FDI) executaram ataques cibernéticos e bombardeios direcionados aos sistemas de comunicação da organização, além de eliminarem figuras centrais de sua liderança, entre elas o secretário-geral Hassan Nasrallah. No mês seguinte, teve início uma ofensiva terrestre no sul do Líbano, resultando na destruição ampla da infraestrutura militar do Hezbollah e na perda significativa de seu arsenal de mísseis de médio e longo alcance.

Além da degradação estrutural, as operações israelenses causaram a morte de milhares de combatentes e o colapso de túneis estratégicos utilizados pela milícia para ações transfronteiriças.

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Bombardeios aéreos também atingiram zonas urbanas densamente povoadas em Beirute, incluindo o bastião do grupo em Dahieh, provocando centenas de mortes civis e o deslocamento forçado de mais de 1,4 milhão de pessoas em território libanês.

Como consequência da pressão militar contínua, o Hezbollah foi compelido a aceitar, em novembro de 2024, um acordo de cessar-fogo mediado por atores internacionais. O pacto previa a retirada das forças do grupo para além do rio Litani, aproximadamente 30 quilômetros ao norte da fronteira israelense.

Apesar das perdas estratégicas e humanas, o Hezbollah ainda mantém capacidade de promover ações pontuais, como evidenciado por esporádicos lançamentos de foguetes contra o território israelense.

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Analistas internacionais observam que, embora a organização tenha sofrido um revés substancial, ela continua a exercer influência político-militar no Líbano e pode, com o apoio contínuo do Irã, restabelecer parte de suas capacidades.

O cenário na região permanece instável, com potencial para novos confrontos caso os mecanismos de contenção fracassem

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