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EUA realizam com sucesso teste para interceptar míssil intercontinental

Sistema de defesa destruiu um míssil continental lançado de um atol nas Ilhas Marshall. Teste acontece em meio às crescentes ameaças da Coreia do Norte

Por Da redação
Atualizado em 30 Maio 2017, 22h07 - Publicado em 30 Maio 2017, 22h06

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos confirmou nesta terça-feira que realizou com sucesso um teste de intercepção de um míssil balístico intercontinental a partir da base de Vandenberg, na Califórnia, uma manobra destinada a garantir a efetividade do sistema antimíssil do país em meio às crescentes tensões militares com a Coreia do Norte.

A interceptação ocorreu sobre o Oceano Pacífico, como estava inicialmente previsto, quando um foguete lançado da base californiana destruiu um míssil continental disparado do Atol de Kwajalein, nas Ilhas Marshall.

“Se trata de um êxito incrível para o Ground-Based Midcourse Defense (GMD) [sistema de interceptação de ogivas] e um marco crítico neste programa. O sistema é de vital importância para defesa de nosso país, e esse teste mostra que temos um elemento de dissuasão capaz e crível contra uma ameaça muito real”, disse em comunicado o vice-almirante Jim Syring, diretor da Agência de Defesa de Mísseis.

É a primeira vez que o Pentágono intercepta um projétil de alcance internacional. Antes do lançamento desta terça-feira, o sistema GMD só havia atingido com sucesso seus alvos em nove de 17 testes desde 1999. O último foi realizado em 2014.

O teste ocorreu dois dias depois de a Coreia do Norte ter disparado um míssil que percorreu 450 quilômetros. A área continental dos EUA fica a cerca de 9 mil quilômetros do país norte coreano. Mísseis balísticos intercontinentais possuem um alcance mínimo de cerca de 5.500 quilômetros, mas alguns são projetados para viajar 10 mil quilômetros ou mais.

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O regime de Kim Jong-un tenta obter uma tecnologia de mísseis de longo alcance capaz de chegar ao território dos Estados Unidos, bem como o desenvolvimento de uma ogiva nuclear compacta o suficiente para ser equipada em um míssil.

O Pentágono, por sua vez, efetua uma revisão do seu sistema de dissuasão nuclear, integrado por mísseis intercontinentais, bombardeiros estratégicos e submarinos nucleares, para determinar se há necessidade de modernização.

Mais cedo, o Pentágono destacou que os Estados Unidos possuem diversas maneiras de tentar derrubar um míssil da Coreia do Norte. “Este é um elemento de uma ampla estratégia de defesa contra mísseis que podemos usar contra possíveis ameaças”, disse o porta-voz do Pentágono, o capitão Jeff Davis.

(com EFE e Reuters)

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