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EUA rejeitam campanha militar prolongada de Israel no Líbano, diz Blinken

Secretário de Estado americano afirmou que seu país está 'trabalhando intensamente' para garantir que civis de ambas nações voltem para suas casas

Por Da Redação Atualizado em 24 out 2024, 18h22 - Publicado em 24 out 2024, 15h05

Os Estados Unidos não querem que as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) prolonguem suas operações militares no Líbano, afirmou o secretário de Estado do país, Antony Blinken, nesta quinta-feira, 24, durante uma visita ao Catar. O chefe da diplomacia americana viajou pela 11ª vez ao Oriente Médio na tentativa de retomar negociações para um cessar-fogo em Gaza e reduzir as tensões entre Beirute e Tel Aviv, que, após um ano de contínuas trocas de disparos pela fronteira, iniciou uma invasão terrestre ao país vizinho no início do mês.

“À medida que Israel conduz operações para remover a ameaça a Israel e seu povo ao longo da fronteira com o Líbano, temos sido muito claros de que isso não pode, nem deve levar a uma campanha (militar) prolongada”, disse Blinken ao lado do primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani.

Israel iniciou uma grande ofensiva contra a milícia libanesa Hezbollah há mais de um mês, com o objetivo declarado de eliminar ameaças no norte do país e permitir o retorno de dezenas de milhares de israelenses que foram obrigados a deixar suas casas na região devido aos bombardeios mútuos. Desde então, cerca de 1.500 pessoas morreram no Líbano, de acordo com o Ministério da Saúde do país, e mais de 1 milhão teriam sido deslocadas.

Segundo o chefe da diplomacia americana, Washington está “trabalhando intensamente” na criação de uma resolução diplomática que permitiria que os civis de ambos os lados da fronteira voltassem em segurança para suas casas.

“Israel deve tomar as medidas necessárias para evitar baixas civis e não colocar em risco as forças de paz das Nações Unidas ou as forças armadas libanesas”, acrescentou ele, enfatizando que o conflito é com os combatentes do Hezbollah.

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Situação no Líbano

A declaração de Blinken ocorre no mesmo dia em que um ataque israelense matou três soldados libaneses que tentavam retirar pessoas feridas da vila de Yater, de acordo com o exército de Beirute.  

O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, disse que um cessar-fogo dependia de uma decisão de Israel. “A tempestade que estamos testemunhando atualmente carrega as sementes da destruição total, não apenas para o nosso país, mas para todos os valores humanos”, declarou.

Na quarta-feira 23, Israel lançou ataques aéreos contra Tiro, cidade portuária e histórica do Líbano. Dezenas de milhares de pessoas já fugiram da área nas últimas semanas, dado que muitos libaneses temem que seu país se torne uma nova Gaza com a intensificação dos ataques israelenses.

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Viagem ao Oriente Médio

Blinken desembarcou em Doha nesta quinta-feira para se reunir com funcionários do Catar, que têm atuado como os principais mediadores do Hamas. A iniciativa reflete o aumento da pressão de Washington pela retomada das negociações por um cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista palestino para encerrar a guerra em Gaza.

Esta é a primeira viagem do diplomata americano ao Oriente Médio desde a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, momento que ele descreveu como uma “real oportunidade” para fechar o acordo de trégua. Radical até mesmo pelos princípios do Hamas, ele era visto como um dos maiores obstáculos às negociações, já que atrelava qualquer pacto à retirada total e imediata das forças israelenses antes de atos como a libertação de 100 reféns, mais da metade dos quais ainda acredita-se estarem vivos.

Antes de viajar para o Catar, Blinken passou por Israel e pela Arábia Saudita, onde se encontrou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e com o ministro das Relações Exteriores saudita, o príncipe Faisal bin Farhan, respectivamente.

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