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EUA tenta convencer Ucrânia a retomar conversas com Rússia, diz jornal

Motivo seria o crescente 'desembarque' de países que até então apoiavam Kiev, em meio à inflação generalizada desencadeada pela guerra

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 nov 2022, 00h34 - Publicado em 6 nov 2022, 15h47
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  • Os Estados Unidos estão, de forma reservada, tentando convencer a Ucrânia a retomar conversas e negociações com a Rússia, noticiou o jornal norte-americano Washington Post neste domingo, 6.

    De acordo com a publicação, o Departamento de Estado americano afirmou que, em meio à escalada da ofensiva de guerra de Moscou, não haveria nenhuma sinalização de Vladimir Putin em manter diálogos voltados à manutenção da paz.

    O jornal noticiou, ainda, que o pedido feito por oficiais americanos não tem como objetivo forçar a Ucrânia a integrar uma mesa de negociação, mas sim de garantir que Kiev mantenha o apoio de outros países.

    Oficiais norte-americanos e ucranianos reconheceram que a negativa do presidente Volodimir Zelenski em ter conversas com o Kremlin despertou preocupação em governos da Europa, África e América Latina — onde os efeitos da guerra nos custos de comida e combustível têm sido sentidos com mais intensidade, declarou o Post.

    Zelenski assinou um decreto no início de outubro declarando formalmente que não havia qualquer possibilidade de conversas com Putin, mas deixando as portas abertas para conversas com a Rússia.

    Um porta-voz do Departamento de Estado americano respondeu. “Já dizemos e vamos repetir: ações falam mais do que palavras. Se a Rússia estiver pronta para a negociação, então deveria cessar os bombardeios e mísseis, e retirar as forças da Ucrânia”, diz a reportagem do Washington Post.

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    Apagão e plano de evacuação em Kiev

    A preocupação com o abastecimento de energia e um eventual apagão generalizado em meio às sanções russas tem crescido no leste europeu, principalmente com a chegada do inverno. No último sábado, 5, oficiais ucranianos afirmaram que Kiev tem se preparado para uma evacuação dos três milhões de habitantes remanescentes da cidade caso o sistema de distribuição de eletricidade da capital — atingido fortemente ao longo dos últimos meses por mísseis russos — chegue a um colapso.

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    Com aproximadamente 40% da infraestrutura de energia da Ucrânia danificada ou destruída, trabalhadores da Prefeitura de Kiev já estão instalando cerca de 1.000 abrigos de aquecimento que poderão funcionar como bunkers, enquanto engenheiros tentam reestabelecer estações de energia que foram bombardeadas.

    Para evitar um colapso generalizado da rede, a distribuidora nacional de energia da Ucrânia declarou, também no sábado, que continuará a impor o racionamento em sete regiões do país.

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