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EUA vão apurar atuação da polícia em massacre à escola primária

Presidente norte-americano Joe Biden visitou memorial às vítimas, acompanhou missa e se reuniu com parentes das crianças mortas por atirador

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 Maio 2022, 16h36 - Publicado em 29 Maio 2022, 16h34

O Departamento de Justiça dos EUA anunciou neste domingo, 29, que vai apurar a atuação da polícia durante o tiroteio em massa em uma escola primária na cidade de Uvalde, no sul do estado do Texas. O massacre deixou 21 pessoas mortas, incluindo 19 crianças. A postura da polícia local foi questionada sob a alegação de que, embora tenha chegado à Robb Elementary School instantes após receber um chamado de socorro, policiais foram orientados a não invadir de imediato as salas de aula, entre elas a do 4º ano, de onde um adolescente armado começou a carnificina na escola.

“O objetivo da revisão é fornecer um relato independente das ações e respostas da aplicação da lei naquele dia e identificar as lições aprendidas e as melhores práticas para ajudar os socorristas a se prepararem e responderem a eventos de atiradores ativos”, disse o Departamento de Justiça.

O presidente norte-americano Joe Biden e a primeira-dama Jill Biden estiveram neste domingo no memorial às 21 vítimas do ataque a tiros ocorrido na última terça-feira, 24, em Uvalde. Na última quinta-feira, 26, Biden tinha anunciado em sua conta no Twitter que iria ao local “para lamentar com a comunidade que perdeu 21 vidas no terrível tiroteio na escola primária”.

Durante a visita, o casal depositou flores e tocou em imagens em tamanho real das crianças mortas durante o massacre, conforme imagens mostradas pelo jornal New York Times. Biden e Jill acompanharam uma missa na Igreja Católica do Sagrado Coração e participam de uma reunião com sobreviventes e familiares das vítimas.

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O ataque é considerado um dos maiores dos últimos dez anos e ocorre em meio a uma escalada de episódios envolvendo atiradores no país. A viagem ao Texas é a terceira realizada pelo presidente para locais onde pessoas foram vítimas de tiroteios em massa. No último dia 14, ao menos dez pessoas foram mortas quando um homem abriu fogo em um supermercado em Buffalo, no estado de Nova York. Biden tem subido o tom no discurso para evitar o fácil acesso a armas no país. Um dia após a tragédia, ele afirmou que era “hora de transformar essa dor em ação”.

O responsável pelo crime na escola primária de Uvalde foi Salvador Ramos, que comprou um rifle semiautomático AR-15 dois dias antes do ataque e poucos dias após completar 18 anos, idade mínima para comprar armas nos Estados Unidos. Ele chegou a publicar imagens de dois fuzis em sua página do Facebook. Também na rede social, anunciou que atirou na avó e que iria fazer disparos em uma escola primária no dia 24, quando crianças e professores foram baleados e mortos. Outras 17 pessoas ficaram feridas.

Neste sábado, 28, a polícia americana admitiu erro durante a ação na Robb Elementary School, pois as forças policiais demoraram quase uma hora para entrar na escola, embora os alunos estivessem pedindo socorro desesperadamente.

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