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EUA vão enviar centenas de soldados à fronteira com o México

Militares ajudarão com logística e infraestrutura para impedir entrada de caravana de hondurenhos no país

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h05 - Publicado em 25 out 2018, 14h25
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  • O governo de Donald Trump enviará entre 800 e 1.000 militares à fronteira dos Estados Unidos com o México, como meio de deter o ingresso ilegal no país de integrantes da caravana de migrantes hondurenhos, informou a imprensa americana nesta quinta-feira (25).

    O anúncio, a ser feito ainda hoje, tem um claro componente político. A questão da imigração ilegal é particularmente sensível ao eleitorado republicano, e tudo o que Trump espera das eleições de meio de mandato, em 6 de novembro, é manter a maioria das cadeiras do Congresso em posse de seu partido.

    Com 7.233 integrantes, dos quais 2.377 menores de idade, a caravana está nesta quinta feita nas proximidades de Mapastepec, no sul do México, e terá ainda de percorrer 1.600 quilômetros até o ponto da fronteira mais próximo – Brownsville, no Texas. Com oito horas de caminhada por dia, sem nenhum de descanso, a caravana chegaria apenas em 42 dias – ou seja, em 6 de dezembro, um mês depois da eleição.

    Autoridades do Pentágono falaram do tema sob condição de anonimato e informaram que as tropas fornecerão apoio logístico às forças de segurança da fronteira, incluindo a montagem de tendas, e a provisão de veículos e equipamentos.

    Os militares se somariam aos cerca de 2.100 soldados da Guarda Nacional já envolvidos em operações na fronteira. Cerca de 1.600 desses militares estão em “setores fronteiriços”, enquanto os outros atuam nas unidades de polícia e sedes das forças de segurança dentro do país.

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    Em um tuíte na manhã desta quinta, o presidente Donald Trump afirmou que as leis “inspiradas pelos democratas” dificultam a situação das pessoas na fronteira. A legislação anterior não penalizava criminalmente os imigrantes ilegais pegos pelas forças de segurança.

    “Estou trazendo os militares para esta Emergência Nacional”, acrescentou.

    Segundo a imprensa americana, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos deve autorizar oficialmente e anunciar a medida ainda nesta quinta-feira.

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    Embora ameaçado por Washington, o governo mexicano não tem impedido a assistência aos emigrantes e coletou 1.699 pedidos de refúgio no país e outros 495 de retorno a Honduras.

    No início da semana, Trump afirmou que há terroristas islâmicos entre os imigrantes. Sem apresentar provas, o presidente disse ainda que não permitirá que essas pessoas “entrem no nosso país”.

    “É inconcebível que não haja pessoas do Oriente Médio em uma multidão de mais de 7.000 pessoas avançando para a nossa fronteira”, afirmou também o vice-presidente Mike Pence. “Nós vamos fazer o que estiver em nosso poder para impedir esta caravana de vir para o Norte e violar nossa fronteira.”

    O aumento no número de militares na fronteira pode suscitar preocupações entre grupos de direitos humanos, uma vez que os emigrantes na caravana são compostos principalmente de famílias, incluindo crianças.

    (Com Reuters e AFP)

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