Os Estados Unidos bloquearam nesta quinta-feira, 5, uma declaração em que o Conselho de Segurança das Nações Unidas manifestaria sua “profunda preocupação com os recentes incidentes” entre Israel e o grupo xiita Hezbollah. Ataques recíprocos têm aumentado na chamada “Linha Azul”, na fronteira entre Israel e o Líbano. Trata-se de uma linha traçada em 2000 pela ONU, após a retirada de militares israelenses do país árabe.
Redigido pela França, o rascunho da declaração acrescentava que “os membros do Conselho de Segurança condenam todas as violações da Linha Azul, tanto pelo ar quanto por terra, e pedem a todas as partes que respeitem o cessar das hostilidades”.
Segundo diplomatas, Washington bloqueou a declaração duas vezes, pedindo que o Hezbollah seja condenado especificamente no mesmo texto. O governo americano disse ser impossível apoiar qualquer declaração que ponha em risco o direito de Israel à autodeterminação e que ponha esse país em pé de igualdade com o Hezbollah, considerada uma “organização terrorista”.
Vários membros do Conselho de Segurança se opuseram à postura dos Estados Unidos. Mas, com poder de veto, o texto acabou abandonado.