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Ex-apoiadores de Trump queimam bonés ‘MAGA’ por escândalo sexual

Presidente dos EUA tem perdido apoio na sua base política por acusações de envolvimento no caso Jeffrey Epstein

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 jul 2025, 15h28 - Publicado em 17 jul 2025, 15h00

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem perdido o apoio da sua base política, a Make America Great Again (MAGA), em meio ao aumento das teorias da conspiração de que esteve envolvido no caso Jeffrey Epstein, bilionário acusado de tráfico sexual de adolescentes que cometeu suicídio na prisão em 2019. Ao longo da semana, apoiadores queimaram os bonés com o slogan de campanha e chamaram o republicano de “mentiroso”.

Epstein conviveu com milionários de Wall Street, membros da realeza (notadamente, o príncipe Andrew) e celebridades antes de se declarar culpado de exploração sexual de menores em 2008. As acusações que o levaram à prisão em 2019 ocorreram mais de uma década após um acordo judicial que o protegia. Ele foi encontrado morto por enforcamento pouco mais de um mês após ter ido parar atrás das grades.

A relação entre Trump e Epstein é antiga. Em 2002, o republicano disse à revista New York que Epstein era “fantástico” e “muito divertido de se estar por perto”, acrescentando: “Dizem até que ele gosta de mulheres bonitas tanto quanto eu, e muitas delas são do tipo mais jovem”. Ele também contou que o conhecia havia 15 anos — os dois faziam parte de círculos sociais de elite de Nova York e da Flórida.

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+ Caso Epstein: Teoria sexual difundida por Trump agora se volta contra ele

Paranoia na MAGA

Ao longo da campanha eleitoral, Trump incentivou o conspiracionismo ao alegar que o país era controlado por elites obscuras do “Estado profundo”, cultivando um sentimento de paranoia na MAGA. Agora, a desconfiança nutrida por ele acabou por se tornar um tiro no próprio pé. Em meio à perda do apoio de aliados, o líder americano rejeitou nesta terça-feira, 15, uma nova investigação contra Esptein, definindo o assunto como “chato” e apenas interessante para “pessoas más”.

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“Não entendo por que o caso Jeffrey Epstein seria do interesse de alguém”, opinou Trump a repórteres. “É um assunto bem chato. É sórdido, mas é chato, e não entendo por que continua acontecendo.”

“Acho que só pessoas bem ruins, incluindo as fake news, querem manter algo assim acontecendo. Mas informações confiáveis, que eles as deem. Qualquer coisa que seja confiável, eu diria, que eles tenham”, acrescentou.

Da esquerda para a direita, Donald Trump e sua namorada (e futura esposa), Melania, o financista Jeffrey Epstein e a socialite britânica Ghislaine Maxwell. 12/02/2000
Da esquerda para a direita, Donald Trump e sua namorada (e futura esposa), Melania, o financista Jeffrey Epstein e a socialite britânica Ghislaine Maxwell. 12/02/2000 (Davidoff Studios/Getty Images)
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A teia conspiracionista foi promovida pelo magnata Elon Musk, antigo braço direito de Trump. Após deixar o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), em maio, o bilionário passou de consigliere a inimigo do presidente dos EUA em um curto espaço de tempo. Além de criticar abertamente o plano de cortes de gastos e impostos de Trump, o dono da Tesla acusou o republicano de boicotar a liberação dos arquivos Epstein por ter sido citado neles.

“Hora de jogar a bomba realmente grande: Donald Trump está nos arquivos de Epstein. Essa é a verdadeira razão pela qual eles não se tornaram públicos. Tenha um ótimo dia, DJT (Donald John Trump)!”, escreveu Musk no X, antigo Twitter, rede social da qual é dono, antes de apagar a publicação dias mais tarde.

A desconfiança pode custar caro para Trump, como mostra uma pesquisa da agência de notícias Reuters com o instituto Ipsos: 69% dos entrevistados acreditavam que o governo federal esconde detalhes sobre os clientes de Epstein, contra 6% que discordavam. Apenas 17% dos americanos apoiam o modo como a administração Trump tem conduzido o caso — o pior desempenho entre todos os assuntos abordados no levantamento. Entre republicanos, 35% aprovam a conduta, enquanto 29% são críticos.

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