Um juiz da Austrália anulou, nesta quinta-feira 6, a condenação do ex-arcebispo de Adelaide, Philip Wilson. O magistrado aceitou sua apelação contra a sentença de um ano de prisão domiciliar que lhe foi imposta por encobrir um caso de pedofilia.
Wilson, de 68 anos, foi considerado culpado em maio por encobrir, durante uma investigação policial entre 2004 e 2006, os abusos sexuais cometidos pelo sacerdote James Fletcher contra dois de seus coroinhas na década de 1970. Em agosto, foi condenado a cumprir doze meses em prisão domiciliar.
Contudo, o juiz Roy Ellis, do tribunal do distrito de Newcastle, no estado de Nova Gales do Sul, decidiu nesta quinta revogar a condenação imposta por uma instância inferior.
O magistrado considerou que a acusação não pôde provar, além de dúvidas razoáveis, a culpa do ex-arcebispo, que ele qualificou como uma testemunha honesta e consistente.
Wilson, o mais alto membro da Igreja Católica condenado por crimes relacionados à pedofilia na Austrália, alegou durante o julgamento que não se lembrava da queixa feita pelas vítimas. O religioso tem problemas cardíacos, utiliza um marca-passo e recentemente foi diagnosticado com Alzheimer.
Ele deixou o cargo de arcebispo da cidade de Adelaide após ser condenado. Vários setores e personalidades do país, como o primeiro-ministro, Malcolm Turnbull, pediram que ele renunciasse.
A acusação não se pronunciou sobre a decisão do juiz Roy Ellis.
O sacerdote James Fletcher foi condenado pelos abusos contra os menores em 2004 e faleceu na prisão dois anos mais tarde.
(Com EFE)