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Ex-engenheiro da OceanGate revela pressão para preparar submarino para mergulho

Guarda Costeira dos EUA deu início a audiências públicas nesta segunda-feira para esclarecer detalhes da implosão do submersível

Por Da Redação
16 set 2024, 17h59
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  • A Guarda Costeira dos Estados Unidos deu início nesta segunda-feira, 16, a uma semana de audiências públicas para esclarecer os detalhes da implosão do submersível Titan, que ocorreu em junho de 2023. Durante a sessão, foi revelado que o Titan nunca passou por uma revisão técnica externa à OceanGate, a empresa responsável pela sua construção, e um dos engenheiros da empresa revelou pressão para preparar o veículo para submersão.

    Tony Nissen, ex-diretor de engenharia da OceanGate, foi o primeiro a depor nesta segunda-feira. Quando perguntado se havia pressão para colocar o Titan na água, ele respondeu: “100%”.

    Nissen disse que se recusou a pilotar o Titan em uma missão anterior devido a preocupações com a equipe e a segurança. Ele afirmou que impediu que o submersível fosse em direção aos destroços do Titanic em 2019.

    “Eu não vou entrar nisso”, disse na época a Stockton Rush, cofundador da OceanGate. Nissen foi demitido naquele ano.

    Ele também mencionou que o Titan foi atingido por um raio em 2018, o que pode ter comprometido seu casco.

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    O submersível foi deixado exposto enquanto estava armazenado por sete meses em 2022 e 2023, e o casco também nunca foi revisado por terceiros, como é prática padrão, disseram representantes da Guarda Costeira em seus comentários iniciais na sessão desta segunda.

    O Titan implodiu em 18 de junho de 2023, matando Rush e outros quatro a bordo e dando início a um debate mundial sobre o futuro da exploração submarina privada.

    Na sessão desta segunda também foi revelada uma das últimas mensagens da tripulação antes da implosão: “tudo bem aqui”. A comunicação foi perdida após o submersível começar a descer. Os destroços foram encontrados a cerca de 300 metros da proa do Titanic.

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    O Marine Board of Investigation, o mais alto nível de investigação marítima da Guarda Costeira, apresentará recomendações após o término das audiências. O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes também está conduzindo uma investigação paralela.

    A ex-diretora de finanças da OceanGate, Bonnie Carl, também testemunhou e disse estava ciente das preocupações de segurança sobre o Titan, e que o diretor de operações da empresa, David Lochridge, havia caracterizado o submarino como “inseguro”. Lochridge deve testemunhar na terça-feira. 

    A viúva de Stockton Rush, Wendy Rush, diretora de comunicações da OceanGate, não está na lista de testemunhas. Também estão previstas as testemunhas Guillermo Sohnlein, cofundador da OceanGate, e Steven Ross, ex-diretor científico. A empresa, atualmente sem funcionários em tempo integral, será representada por um advogado e tem cooperado plenamente com as investigações da Guarda Costeira e do NTSB desde o acidente.

    O prazo para a investigação era inicialmente de um ano, mas o inquérito levou mais tempo.

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