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Ex-prefeito de Caracas chega à Espanha após deixar Venezuela

Antonio Ledezma, que foi preso em 2015 e cumpria prisão domiciliar, pretende denunciar a ditadura de Nicolás Maduro em tour pelo mundo

Por Da redação
18 nov 2017, 12h53
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  • O ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma afirmou que vai continuar a protestar contra o governo do presidente Nicolás Maduro. Ele chegou neste sábado à Espanha, um dia depois de ter fugido da prisão domiciliar que cumpria na Venezuela e se abrigado na Colômbia ao escapar de forças de segurança.

    Ledezma foi recebido, no aeroporto, pela esposa, duas filhas, dezenas de venezuelanos e simpatizantes da oposição a Maduro.

    “Vou me dedicar a percorrer o mundo, a contribuir no exílio para fazer uma extensão da esperança dos venezuelanos de sair deste regime”, declarou Ledezma, que denunciou a “narcoditadura” que assola a Venezuela, que “usa a violência contra as instituições, que cometeu fraudes eleitorais, que mantém presos dissidentes políticos” e que, inclusive, “ameaça nossas famílias”.

    “Quando saí da minha casa após mais de mil dias preso injustamente não pude conter as lágrimas ao ver meninas e mulheres revirando cestos de lixo, e estamos falando do país que possui as maiores reservas de petróleo do mundo e de um governo que desperdiçou uma imensa fortuna”, lamentou o opositor. “A Venezuela não está apenas à beira do abismo, ela caiu no abismo”.

    Maduro, por sua vez, chamou Ledezma de “um vampiro voando pelo mundo”.

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    O ex-prefeito de Caracas foi detido em 2015 sob acusações de conspirar contra o governo. Ele foi um dos líderes de protestos oposicionistas que abalaram a Venezuela em 2014 e que levaram à prisão outros opositores.

    Ledezma afirmou que “sentiu a liberdade” ao pisar em solo espanhol e disse que espera encontrar com o primeiro ministro Mariano Rajoy antes de iniciar seu tour global. Ele não informou quais países deseja visitar.

    “A Venezuela está colapsando completamente, não podemos esperar mais”, afirmou. “Não temos recursos sobrando, apenas nossa moral”, concluiu.

    (Com Estadão Conteúdo e a agência EFE)

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