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Ex-premiê do Paquistão é baleado em ‘tentativa de homicídio’ em protesto

Imran Khan, deposto pelo Parlamento, liderava manifestação exigindo eleições antecipadas

Por Da Redação 3 nov 2022, 12h07

O ex-primeiro-ministro paquistanês Imran Khan foi baleado e ficou ferido na perna durante um protesto nesta quinta-feira, 3. O político liderava uma marcha exigindo eleições antecipadas no leste do país, quando foi atingindo na canela em um ato definido por aliados como “tentativa de homicídio”.

Um membro do partido Paquistão Tehreek-e-Insaf (PTI) de Khan disse que vários colegas também ficaram feridos e há relatos de que um deles havia sido morto.

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“Um homem abriu fogo com uma arma automática. Várias pessoas estão feridas”, disse Asad Umar à agência de notícias Reuters.

O ministro da Saúde da província, Yasmeen Rashid, disse que o ex-premiê foi levado ao hospital e está em condição estável.

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O ataque aconteceu em Wazirabad, a cerca de 200 km da capital, Islamabad. Khan, ex-jogador de críquete de 70 anos, liderava uma marcha com centenas de pessoas para exigir eleições antecipadas.

Um assessor do ex-premiê informou à agência de notícias AFP que o incidente foi “uma tentativa de homicídio”, mas a polícia ainda não confirmou que Khan era o alvo do atirador. O atual primeiro-ministro Shehbaz Sharif condenou o tiroteio e ordenou uma investigação imediata sobre o caso.

Imagens de vídeo do momento mostram Khan e seus apoiadores andando em cima de um contêiner rebocado por um caminhão antes que uma rajada de tiros seja ouvida. O político é visto se abaixando, enquanto aqueles ao seu redor tentam cobri-lo.

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O Paquistão tem uma longa história de violência política mortal. No caso de maior repercussão, a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto foi assassinada em um comício público em 2007.

Desde que foi deposto em abril por meio de uma votação parlamentar, Khan realizou comícios em todo o Paquistão, tendo sido acusado de terrorismo por ameaçar policiais durante a corrida pela reeleição em agosto.

Khan chegou ao poder em 2018, prometendo quebrar o padrão de governo familiar no Paquistão. Seus oponentes afirmam que ele foi eleito com a ajuda dos poderosos militares, que governaram o país durante metade de seus 75 anos de história.

Ao depor o ex-premiê no início deste ano, legisladores o acusaram de má gestão econômica, à medida que a inflação dispara e a rúpia paquistanesa despenca de valor.

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