O ex-presidente do Equador Abdalá Bucaram, que governou entre 1996 e fevereiro de 1997, foi preso nesta quarta-feira, 12, acusado de envolvimento com o crime organizado. O anúncio foi feito pela ministra de Governo, María Paula Romo.
“A Polícia do Equador deteve o cidadão Abdalá Bucaram Ortíz e dois agentes de trânsito do município de Quito. Serão postos, de forma imediata, às ordens da Justiça”, escreveu a titular da pasta, em publicação no Twitter.
Também nesta quarta, foi realizada uma operação com buscas e prisões simultâneas nos estados de Guayas e Pichincha, de acordo com informações divulgadas pela Promotoria Geral.
Outros alvos da operação são Jacobo Bucaram, filho de Abdalá, e três funcionários da Agência Metropolitana de Trânsito. Contra eles, foi aberta uma investigação em maio passado, por suposta relação com dois israelenses presos na província de Santa Elena.
Um dos cidadãos israelenses foi assassinado no sábado 8 em uma penitenciária de Guayaquil, onde também estava o outro detido em Santa Elena. O agressor, que tem passaporte australiano, ficou ferido na ação. Ambos eram acusados de envolvimento em uma suposta venda irregular de insumos médicos e citaram Jacobo Bucaram como cliente.
De acordo com informações preliminares das autoridades locais, o israelense que morreu na prisão recebeu, “supostamente, golpes com um objeto contundente na cabeça”. Segundo o jornal El Universo, o homem foi identificado como Shy Dahan.
O advogado do israelense que ficou ferido, Héctor Vanegas, afirmou que, na véspera do assassinato na penitenciária, o cliente colaborou com uma operação que “esclareceria redes criminosas e de corrupção no Equador”.
Por sua vez, no fim de semana, Abdalá Bucaram publicou no Twitter um áudio que indicava supostas tentativas de extorsão por parte de Vanegas.
(Com EFE)