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Ex-presidente paquistanês Pervez Musharraf é condenado à morte

Ex-general tomou o poder em um golpe de Estado em 1999, suspendeu a Constituição e impôs um estado de emergência em 2007

Por Da Redação
Atualizado em 17 dez 2019, 09h43 - Publicado em 17 dez 2019, 09h15
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  • O ex-presidente do Paquistão Pervez Musharraf foi condenado à morte nesta terça-feira, 17, por um tribunal do país pelo crime de “alta traição”, cometido ao suspender a Constituição e impor um estado de emergência em 2007.

    “Um tribunal especial formado por três juízes condenou Musharraf à morte em Islamabad. A corte determinou que ele cometeu alta traição. Agora, temos o direito de recorrer contra a decisão ao Tribunal Supremo”, explicou Azhar Siddique, advogado do condenado, que vive no exterior há anos e foi julgado em ausência.

    Este é o primeiro caso do tipo no Paquistão, país cuja metade da história foi marcada por governos ditatoriais. O tribunal, que condenou o ex-presidente por dois votos contra um, emitirá um veredito detalhado em até 48 horas.

    O ex-general e ex-chefe do Exército paquistanês, hoje com 76 anos, está em Dubai, para onde viajou em março de 2016 alegando problemas de saúde. Assim que deixou seu país, prometeu voltar “entre quatro e seis semanas”, o que não aconteceu.

    Crimes

    Além do caso pelo qual foi condenado, o ex-militar enfrenta várias acusações, como a de não ter protegido a vida da ex-primeira-ministra Benazir Bhuto, assassinada em 2007.

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    O caso de alta traição começou em 2013, quando Musharraf foi acusado de impor o estado de emergência e decretar a prisão de dezenas de juízes pelo governo do então primeiro-ministro Nawaz Sharif, governante do qual Musharraf tomou o poder em um golpe de Estado em 1999.

    Após voltar ao poder em 2013, o governo de Sharif proibiu a saída de Musharraf do país com a denúncia de alta traição, restrição que foi suspensa pelo Tribunal Supremo em 2016.

    O militar ocupou a Presidência do país entre 2001 e 2008, ano em que se viu obrigado a deixar o país. Musharraf argumenta que as acusações consistem em perseguição política. O general foi um dos principais aliados do ex-presidente americano George W. Bush na chamada guerra ao terror.

    (Com EFE)

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