A estimativa inicial é que o Irã tenha lançado 180 projéteis contra Israel no ataque desta terça-feira, 1º, disse um porta-voz das Forças de Defesa de Israel à rede americana CNN. Alguns dos mísseis chegaram a causar impactos diretos em áreas do centro e do sul de Israel, mas não há relatos de feridos ou mortos.
“Fizemos muitas interceptações (…) Há alguns impactos no centro e alguns a mais no sul. Ainda estamos avaliando a situação”, disse o porta-voz Daniel Hagari.
Segundo a Guarda Revolucionária do Irã, o ataque é uma retaliação pela morte dos líderes do Hezbollah e do Hamas em bombardeios israelenses no Líbano e em território iraniano.
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O Irã é apontado como o principal financiador da milícia libanesa Hezbollah e prometeu retaliação após ataques que mataram a liderança do Hezbollah, Hassan Nasrallah, no fim de semana, assim como outras autoridades do alto escalão do grupo. Ele esteve na liderança do Hezbollah desde 1992 e foi o responsável por levar o grupo para a vida política do Líbano.
Israel lançou os ataques aéreos mais intensos contra o Líbano desde a guerra de 2006, contra o Hezbollah, há duas semanas. Foi o estopim de meses de trocas de disparos, desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro do ano passado, quando a milícia libanesa iniciou ataques em solidariedade ao povo palestino.
Teerã também havia rejeitado apelos de uma série de países ocidentais, em agosto, ao reiterar que não se absteria de atacar Israel como resposta ao assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em território iraniano, um mês antes. O recém-empossado presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, disse que a retaliação era “direito legal” de seu país, além de uma “maneira de impedir crimes.