O presidente argentino, Alberto Fernández, confirmou nesta segunda-feira, 2, que o presidente recém-empossado Luiz Inácio Lula da Silva irá viajar à Argentina em 23 de janeiro, quando terão outro encontro bilateral. O anúncio foi feito em publicação nas redes sociais após encontro entre os dois líderes em Brasília.
+ Após a posse, Lula abre abarrotada agenda de relações exteriores
“O povo deu a você o reconhecimento que merecia, sua presença e liderança garantem o retorno do Brasil aos foros internacionais. Estamos no mesmo caminho, buscamos o mesmo destino para nossos povos e a integração da América Latina”, escreveu Fernández.
Mantuve una extraordinaria reunión bilateral con el flamante presidente de Brasil, @LulaOficial 🇧🇷
Conversamos sobre la importancia y la necesidad de profundizar el indisoluble e histórico vínculo entre ambos países, que durante los últimos años había sido difícil concretar. pic.twitter.com/R2DzwEEml4
— Alberto Fernández (@alferdez) January 2, 2023
Além do encontro dos dois líderes na Argentina “para avançar ações concretas e institucionalizar esta relação”, os dois participam em 24 de janeiro de reunião da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).
Já nesta segunda, Lula deu início a uma longa série de reuniões com líderes internacionais que serão chave para sua agenda de relações exteriores, com foco em representantes da América Latina, China, África e países seletos da Europa. Só em um dia, serão 15 encontros de meia hora, um atrás do outro.
A região mais priorizada nesta segunda-feira, 2, contudo, é a América Latina. Lula marcou encontros com o presidente da Bolívia, Luis Arce, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, o presidente do Chile, Gabriel Boric, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, o vice-presidente de Cuba, Salvador Antonio Valdés Mesa, e o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodrigues.
A afinidade de Fernández com Lula já é de tempos. Em 2019, Fernández chegou a visitar o petista na Polícia Federal, em Curitiba, e afirmou que a prisão era um “máculo ao Estado de Direito” brasileiro.
A proximidade entre os dois gerou mal estar com o atual presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, derrotado neste domingo. Quando Fernández foi eleito, Bolsonaro chegou a afirmar que “a Argentina escolheu mal”.
“O primeiro ato de Fernández foi ‘Lula Livre’, dizendo que está preso injustamente. Já disse a que veio.” Além disso, Bolsonaro afirmou que o gesto era uma afronta à democracia brasileira.