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Fernández vence eleições presidenciais no primeiro turno na Argentina

Candidato peronista tem 47,6% dos votos contra 41,0% do presidente Mauricio Macri

Por Denise Chrispim Marin Atualizado em 28 out 2019, 08h55 - Publicado em 27 out 2019, 21h20
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  • Fechadas as urnas das eleições na Argentina, o peronista Alberto Fernández já celebrava sua vitória, sem nenhuma cautela sobre possíveis surpresas nas contages dos votos em papel.  Os festejos se mostraram corretos: com 48,1% dos votos, Fernández foi declarado vencedor no primeiro turno deste domingo, 27. O silencioso presidente Mauricio Macri totalizou 40,38% e o terceiro colocado, o ex-ministro da Economia Roberto Lavagna, obteve 6,1%. Os resultados foram divulgados pelo ministro do Interior, Rogelio Frigelio.

    O resultado não foi tão acachapante quanto o esperado. As pesquisas de boca de urna encomendadas pelo candidato peronista apontavam sua conquista de até 55% dos votos – um resultado bem melhor do que o obtido por ele nas primárias de setembro, quando recebeu 49,5%. Mas, com mais de 45%, conseguiu o que pretendia.

    “Um minuto de silêncio para Macri, que está morto”, cantou Fernández e amigos em uma comemoração no seu apartamento, na região de Puerto Madero, em Buenos Aires, depois de fechadas as urnas. A cantoria foi gravada em vídeo e viralizou nas redes sociais argentinas.

    Macri reconheceu a derrota e telefonou para Fernández para parabenizá-lo pela vitória e convidá-lo para tomarem um café da manhã nesta segunda-feira, 28, para iniciarem um “período de transição ordenada”.

    Ao anoitecer, eleitores e simpatizantes da chapa da Frente de Todos começaram a se concentrar na sede da campanha, no bairro da Chacarita. Segundo o jornal Clarín, foram montadas três salas VIP para convidados especiais. No do segundo andar, mais exclusiva, Fernández e sua companheira de chapa, a senadora Cristina Kirchner, acompanharão a contagem. A ex-presidente votou em Río Gallegos, na Patagônia argentina e voou de volta a Buenos Aires em avião particular. Para o peronistas menos ilustrados, a campanha espalhou telões pela Avenida Corrientes, banheiros químicos e uma catarata de fogos de artifício, segundo o jornal La Nación. São esperadas 50.000 pessoas.

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    Antes dos primeiros resultados, o silêncio imperava na sede da campanha do Juntos pela Mudança, em Costa Salguero. Mauricio Macri  aguarda os resultados da Quinta de Olivos, a residência oficial da Presidência argentina, e deve reunir-se a sua equipe apenas no final da contagem.

    Um total de 34 milhões de argentinos estavam habilitados a votar nestas eleições e se distribuíram em 95.000 mesas. A contagem dos votos é manual, dado o fato de as cédulas serem ainda em papel. O eleitor foi obrigado a cortar com uma tesoura ou régua a cédula, depositar na urna apenas a parte impressa sobre seu candidato e dispensar o resto do papel.

    Na eleição deste domingo, o candidato da Frente de Todos para o governo da Província de Buenos Aires, Axel Kicillof, foi eleito com 52% dos votos. María Eugenia Vidal, do Juntos pela Mudança, conseguiu 38,7%. Na disputa pelo governo da cidade de Buenos Aires, o  prefeito Horácio Rodríguez Larreta, aliado de Macri, está com 55% dos votos. O peronista Matías Lammens, com 35%.

     

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