Filipinas condenam atividade de navio ‘monstro’ da China em área restrita
País mobiliza forças aéreas e navais após avistar maior navio da guarda costeira chinesa, de 165 metros de comprimento, em sua zona econômica exclusiva

O governo das Filipinas mobilizou suas forças aéreas e navais no domingo 5 para monitorar a movimentação do maior navio da guarda costeira da China em sua zona econômica exclusiva, classificando a presença da embarcação como um ato de “intimidação, coerção e agressão”.
O navio chinês de 165 metros de comprimento, identificado como 5901 e apelidado de “o monstro”, foi avistado no sábado a cerca de 130 km da costa da província de Zambales, na região Luzon Central, de acordo com a guarda costeira filipina.
“Temos todos os nossos recursos apontados para este navio monstro. No momento em que ele (realizar) qualquer ação provocativa, será recebido com uma resposta apropriada”, disse Jonathan Malaya, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, à televisão estatal nesta segunda-feira, 6.
A guarda costeira filipina ordenou que o navio chinês deixasse a área, alegando que ele não possui autoridade para operar no local. Em resposta, a embarcação disse estar cumprindo deveres de fiscalização dentro de suas águas jurisdicionais.
“Isso é parte da intimidação, coerção, agressão e engano da China. Eles estão exibindo seu navio para intimidar nossos pescadores”, acrescentou Malaya.
Relação entre China e Filipinas
Nos últimos anos, a relação entre Filipinas e China tem se deteriorado devido a frequentes desentendimentos relacionados a disputas territoriais. Sob o governo do presidente Ferdinand Marcos Jr., Manila intensificou sua oposição ao que considera ações agressivas de Pequim.
A China, por sua vez, acusa as Filipinas de invadirem repetidamente suas águas e reivindica a maior parte do Mar da China Meridional como seu território soberano, desconsiderando uma decisão de 2016 do Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia que invalidou essas alegações.