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Floyd e Chauvin trabalharam juntos e ‘batiam cabeça’, diz ex-colega

Depoimento de funcionário de boate reforça a hipótese de motivações pessoais para a morte do ex-segurança negro

Por Da Redação Atualizado em 10 jun 2020, 12h31 - Publicado em 10 jun 2020, 11h52

No mesmo dia em que George Floyd foi enterrado em sua cidade natal, Houston, em uma emocionante cerimônia na qual seus familiares clamaram por justiça e pelo fim do racismo, novos detalhes sobre sua relação com Derek Chauvin, o ex-policial que ajoelhou contra seu pescoço por mais de oito minutos, foram revelados por um ex-colega de ambos. David Pinney contou na última terça-feira 9 que Floyd e Chauvin não apenas trabalharam como seguranças em uma mesma boate, o que já se sabia, mas que se “conheciam bem” e chegaram a acumular alguns desentendimentos.

“Eles bateram cabeças”, contou Pinney, que foi colega de Floyd e Chavin na casa noturna El Nuevo Rodeo, em Minneapolis, à emissora CBS.  “Isso tinha muito a ver com Derek ser extremamente agressivo dentro da boate com alguns dos clientes, o que foi um problema”, explicou o conhecido em comum.

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Floyd morreu em 25 de maio, em Minneapolis após Derek Chavin ajoelhar sobre seu pescoço por mais de oito minutos. Desarmado, o ex-segurança, detido sob a suspeita de ter utilizado uma nota de 20 dólares falsa, repetiu “eu não consigo respirar” diversas vezes até perder a consciência. Chauvin, de 44 anos, foi acusado de assassinato em segundo grau, e outros três policiais presentes foram acusados de auxílio e cumplicidade no crime.

Parentes de Floyd acreditam que houve motivações pessoais. O advogado da família pediu que Chauvin fosse acusado de assassinato em primeiro grau “porque acreditamos que ele sabia quem era George Floyd”. Questionado se tinha alguma dúvida de que os dois se conheciam, o ex-colega de trabalho foi claro. “Não. Eles se conheciam. Eu diria que muito bem.”

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“Não consigo respirar”: Chauvin esmagou o pescoço de Floyd (Darnella Frazier/Facebook)

Maya Santamaria, a proprietária do El Nuevo Rodeo, contou à CBS que pagava Chauvin, quando ele estava de folga, para estacionar seu carro da polícia do lado de fora casa noturna, por 17 anos. Ela contou ainda que Floyd trabalhou como segurança dentro do clube com frequência no ano passado. Os dois se cruzavam especialmente nas noites de terça-feira, quando o clube realizava uma popular competição semanal de dança.

A proprietária relatou que Chavin “se sentia com medo e intimidado” por negros.

Chauvin está detido desde o último dia 29 em uma penitenciária de segurança máxima em Minnesota, acusado de assassinato e homicídio em segundo e terceiro graus. Ele teve sua fiança mínima fixada em 1 milhão de dólares (cerca de 4,8 milhões de reais) nesta segunda-feira, 8., A quantia pode chegar a 1,25 milhões de dólares (até 6,1 milhões de reais), caso Chavin desobedeça ordens judiciais.

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