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Forças Armadas da Venezuela reprimem grupo de militares rebeldes

Ataque a uma base militar que terminou com dois mortos e oito detidos

Por Da redação
Atualizado em 10 dez 2018, 09h24 - Publicado em 7 ago 2017, 11h51

Sobrevoo de helicópteros, barricadas, blindados, detonações. A tensão tomou conta da cidade venezuelana de Valencia, no norte do país, onde o governo denunciou no domingo um ataque a uma base militar que terminou com dois mortos, um ferido e sete detidos.

Em meio a boatos de um motim, o governo do ditador Nicolás Maduro assegurou ter frustrado na madrugada desta segunda uma incursão terrorista de um grupo de civis e um oficial desertor que, vestindo trajes camuflados, invadiram o Forte Paramacay e se dirigiram ao parque de armas, de onde retiraram material bélico.

Dois atacantes morreram, enquanto oito foram detidos, detalhou Maduro. Os combates transcorreram durante umas três horas, após as quais os militares fizeram com que os rebeldes batessem em retirada.

Entre os capturados estaria um tenente, desertor há vários meses, e que está colaborando ativamente com o governo. Os demais são civis, acrescentou o ditador, que ordenou o reforço da segurança e da Inteligência em todas as unidades militares.

“Há uma semana os vencemos com votos e hoje tivemos que vencer o terrorismo com balas”, disse , em alusão às eleições de sua Assembleia Constituinte.

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Maduro negou que o incidente tenha se tratado de uma rebelião militar e reforçou que foi um ataque terrorista, segundo ele financiado por Bogotá e Miami.

Suposto motim

No entanto, em Valencia, a 180 quilômetros a oeste de Caracas, a situação era tensa. Helicópteros sobrevoavam os arredores da base, sede da 41ª Brigada do Exército, e militares em blindados e com armas longas patrulhavam o local.

Após o incidente, dezenas de pessoas ergueram barricadas nas proximidades da cidade, onde puseram troncos de árvores e queimaram lixo, desatando confrontos com militares da Guarda Nacional que os dispersaram com bombas de gás lacrimogêneo e projéteis de chumbo.

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Pequenos distúrbios também foram registrados em um setor do leste de Caracas, onde manifestantes tentaram bloquear uma rodovia e foram reprimidos pela Guarda Nacional.

Mais cedo, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, assegurou que a incursão à base foi um ataque terrorista do tipo paramilitar. O ministro reiterou o apoio incondicional das Forças Armadas a Maduro.

O incidente foi revelado após a divulgação nas redes sociais e em vários meios de comunicação de um vídeo supostamente gravado na 41ª Brigada Blindada de Valencia, no qual um homem se apresenta como capitão e declara rebelião contra Maduro e exige um governo de transição.

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“Nós nos declaramos em rebelião legítima (…) para não reconhecer a tirania assassina de Nicolás Maduro. Esclarecemos que isto não é um golpe, esta é uma ação cívica e militar para restaurar a ordem constitucional”, afirma o homem que se identificou como o capitão Juan Caguaripano.

O homem aparecia com outros quinze vestidos com roupas camufladas, alguns armados. Caguaripano seria ligado a uma brigada antissequestro e extorsão. Ele é fugitivo desde 2014, segundo o jornal El Nacional.

O incidente ocorreu horas depois de Leopoldo López, o mais emblemático entre os cerca de 500 opositores presos, retornar à prisão domiciliar após passar quatro dias em uma cadeia militar por suspeita de fuga.

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A incursão também ocorreu um dia depois da destituição da procuradora-geral, Luisa Ortega, pela Assembleia Constituinte, em meio ao seu enfrentamento com Maduro, a quem acusa de ter “ambições ditatoriais” com a instalação da assembleia.

(Com AFP)

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