Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Forças russas tomam antiga usina nuclear de Chernobyl

Mais cedo, presidente Volodymyr Zelensky citou combate pela região onde fica depósito de resíduos nucleares

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 fev 2022, 20h51 - Publicado em 24 fev 2022, 15h09
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Poucas horas após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciar que forças russas tentavam tomar a antiga usina nuclear de Chernobyl, um assessor do gabinete presidencial afirmou nesta quinta-feira, 24, que a região onde fica o depósito de resíduos nucleares foi capturada por militares de Moscou.

    “É impossível dizer que a usina nuclear de Chernobyl está segura após um ataque totalmente sem sentido feito pelos russos”, disse Mykhailo Podolyak. “Esta é uma das ameaças mais sérias à Europa hoje”.

    + Tudo o que se sabe até agora sobre a invasão da Rússia à Ucrânia

    Mais cedo, um assessor do Ministério do Interior ucraniano havia alertado para entrada de tropas russas na zona da usina, vindo através da fronteira ucraniana com Belarus. Segundo ele, houve combates pela região. 

    Em nota, o Ministério das Relações Exteriores ucraniano havia ressaltado que um ataque poderia “causar outro desastre ecológico”.

    Continua após a publicidade

    “Em 1986, o mundo viu o maior desastre tecnológico em Chernobyl (…) Se a Rússia continuar a guerra, Chernobyl pode acontecer novamente em 2022”, afirmou.

    Trinta e um trabalhadores da usina e bombeiros morreram logo após o desastre de 1986, principalmente de doença aguda causada pela radiação. Outros milhares mais tarde sucumbiram a doenças relacionadas à radiação, como o câncer, embora o número total de mortes e os efeitos à saúde de longo prazo continuem sendo um assunto de intenso debate.

    Durante a madrugada, forças russas invadiram a Ucrânia por terra, mar e ar concretizando os temores do Ocidente com o maior ataque de um Estado contra outro na Europa desde a II Guerra Mundial. Mísseis russos foram lançados contra cidades ucranianas e Kiev relatou tropas entrando em suas fronteiras nas regiões de Chernihiv, Kharkiv e Luhansk, e chegando via mar nas cidades portuárias de Odessa e Mariupol, ao sul do país.

    Continua após a publicidade

    Em pronunciamento,  o presidente ucraniano afirmou que o ataque russo mirou a “infraestrutura militar do país”. Zelensky ressaltou que já há baixas entre os russos, citando falas de autoridades militares de que ao menos cinquenta combatentes russos foram mortos na região de Luhansk.

    Entre os ucranianos, ao menos 137 pessoas morreram e 316 ficaram feridas após ataques, de acordo dados preliminares apresentados por Zelensky.

    Continua após a publicidade

    De acordo com o presidente russo, Vladimir Putin, por sua vez, a operação militar iniciada nesta quinta-feira teria objetivo de proteger as pessoas de “abusos” por parte do governo ucraniano. Apesar da ação militar, negou qualquer plano de ocupação de territórios ucranianos, dizendo que “não vamos impor nada sobre ninguém usando força”. 

    “As repúblicas populares de Donbas abordaram a Rússia com um pedido de ajuda (…) Tomei a decisão de realizar uma operação militar especial. Seu objetivo é proteger as pessoas que são submetidas a abusos, genocídio de Kiev durante oito anos, e para isso buscaremos desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia e levar à justiça aqueles que cometeram vários crimes sangrentos contra pessoas pacíficas, incluindo cidadãos russos”, disse Putin em um discurso na televisão.

    As regiões pró-Moscou de Donetsk e Luhansk, que formam a região de Donbas, tiveram independência reconhecida na segunda-feira pela Rússia. Poucas horas depois, Putin anunciou a publicação de um decreto ordenando que o Ministério da Defesa envie tropas para “funções de manutenção da paz” para as repúblicas autoproclamadas. 

    Continua após a publicidade

    Apesar de represálias, incluindo na forma de sanções econômicas, o governo russo já vinha aproveitando o momento para colocar ainda mais  pressão sobre a Ucrânia e o presidente Volodymyr Zelensky, afirmando que a melhor solução para acabar com a crise seria o país desistir de entrar na Otan, principal aliança militar ocidental e grande ponto de atrito entre a Rússia e o Ocidente. 

    Segundo Putin, uma eventual adesão do país vizinho à Otan é uma ameaça não apenas à Rússia, “mas também a todos os países do mundo”. De acordo com ele, uma Ucrânia próxima ao Ocidente pode ocasionar uma guerra para recuperar a Crimeia – território anexado pelo governo russo em 2014 –, levando a um conflito armado. 

    A aliança, por sua vez, afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos trinta aliados e pela própria Ucrânia, mais ninguém” e acusa a Rússia de enviar tanques, artilharia e soldados à fronteira para preparar um ataque.

    Em fala na terça-feira, Putin também fez menção também aos Acordos de Minsk, negociados em 2015, sob mediação da Alemanha e França, para um cessar-fogo nas duas regiões, que teriam em troca autonomia administrativa. Segundo ele, não há mais nada para ser cumprido e culpa o governo da Ucrânia pelo fracasso do acordo. 

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.