Fortes chuvas deixam quatro mortos e mais de mil desabrigados na Coreia do Sul
Seosan, na província de Chungcheong, é considerada uma das áreas mais afetadas
 
                Ao menos quatro pessoas morreram e mais de 1.000 ficaram desabrigadas após tempestades torrenciais atingirem a Coreia do Sul nesta quinta-feira, 17. Às 17h (5h em Brasília), partes da região de Chungcheong do Sul já haviam registrado mais 400 mm, o que representa uma chuva violenta, de acordo com o Ministério do Interior e Segurança do país.
As chuvas foram causadas por um “ar quente e úmido que flui ao longo da borda da Alta do Pacífico Norte, provocando forte instabilidade atmosférica”, disse um funcionário da agência meteorológica da Coreia do Sul à agência de notícias francesa AFP. Seosan, na província de Chungcheong, é considerada uma das áreas mais afetadas, tendo registrado 344 mm de chuva desde a noite de quarta-feira.
A área ocidental da cidade atingiu “um nível normalmente visto apenas uma vez a cada 100 anos”, acrescentou ele. Por lá, deslizamentos de terra deixaram moradores presos e levaram ao fechamento de várias rodovias, como a Honam Expressway. Serviços de trem também foram suspensos. Uma pessoa foi encontrada sem batimentos cardíacos em um carro tomado pela água e não conseguiu ser reanimada.
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Na cidade de Gwangju, 87 estradas e 38 edifícios ficaram submersos por cerca de duas horas após alertas terem sido emitidos, afirmou a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Em meio ao caos climático, alertas de deslizamentos de terra foram elevados ao nível mais alto em várias regiões, informou Serviço Florestal da Coreia. Pelo menos 403 escolas fecharam as portas, das quais 166 relataram danos materiais.
As chuvas são agravadas pelas mudanças climáticas provocadas pela ação humana. Um relatório da OMM revelou que as mudanças climáticas intensificaram 26 dos 29 eventos climáticos extremos analisados pela World Weather Attribution (WWA), consórcio acadêmico que estuda eventos climáticos extremos, em 2024. Nesses episódios, cerca de 3.700 pessoas foram mortas e milhões, desabrigadas.
 
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