Sem a Rússia, Fórum Econômico volta a acontecer presencialmente em Davos
Encontro de líderes mundiais, empresários e representantes do setor econômico retoma modelo presencial após hiato de dois anos causado pela pandemia
Após um hiato de dois anos provocado pela pandemia, o Fórum Econômico Mundial volta a acontecer presencialmente em Davos, nos Alpes Suíços, a partir deste domingo, 22. Até o dia 26 de maio, líderes mundiais, ministros, banqueiros e representantes do setor privado vão discutir os temas mais relevantes da economia global. E, neste ano, o cenário é extremamente conturbado, principalmente por causa da invasão da Ucrânia. Diante do cenário, a Rússia não foi convidada a participar da cúpula.
São esperados 50 chefes de Estado. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, é um dos mais aguardados, mas fará seu discurso por vídeo, na segunda-feira 23, a partir das 6h15. O ministro da Economia ucraniano, Serhiy Marchenko, e o prefeito de Kiev, Vitaly Klitschko, farão participações presenciais. O Brasil será representado no evento pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e pelo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), Gustavo Montezano.
A guerra na Ucrânia será um dos temas principais do encontro. A invasão provocada pela Rússia está na pauta oficial, além de ser o centro de discussões paralelas, como o encontro entre o ex-secretário de Estados dos Estados Unidos, Henry Kissinger, e o Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial e chairman da organização responsável pelo evento.
A Rússia, por outro lado, ficará de fora do encontro. É a primeira vez que o país não é convidado desde o fim da União Soviética. De acordo com Schwab, Davos fará o que puder para apoiar a Ucrânia e sua reconstrução. No lugar da tradicional Casa Rússia, onde visitantes conheciam alguns dos costumes do país, o governo ucraniano montou em Davos, em parceria com um empresário local, a Casa dos Crimes de Guerra da Rússia.
Outros temas que serão debatidos incluem a crise energética, as mudanças climáticas, a inflação que acomete diversos países do mundo e os desafios enfrentados pela economia global após o impacto causado pela pandemia.
O evento aconteceria originalmente de 17 a 21 de janeiro deste ano, mas foi remarcado por conta do avanço da variante ômicron da Covid-19.