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França nega que Guaidó esteja escondido em embaixada em Caracas

Acusação veio de Nicolás Maduro, na segunda-feira, e foi reiterada pelo chanceler venezuelano, que acusa governos estrangeiros de esconder oposicionistas

Por Da Redação
Atualizado em 5 jun 2020, 12h54 - Publicado em 5 jun 2020, 12h44
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  • A França negou, nesta sexta-feira, 5, que o líder opositor venezuelano Juan Guaidó esteja refugiado em sua embaixada em Caracas. A acusação havia sido levantada pelo chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza.

    “O senhor Juan Guaidó não está na residência da França em Caracas. Confirmamos isso várias vezes às autoridades venezuelanas”, disse a porta-voz do Ministério francês das Relações Exteriores, Agnès von der Mühll.

    Na quarta-feira 4, Arreaza disse que Guaidó estava na embaixada francesa. O presidente, Nicolás Maduro, havia insinuado dias antes que o líder parlamentar estava “escondido em uma embaixada”.

    “Nós não podemos entrar em uma residência de uma embaixada de nenhum país, neste caso da Espanha, ou da França, e que a Justiça os tire à força. Não pode, não pode”, respondeu Arreaza em entrevista a uma rádio ao ser questionado por um jornalista sobre a suposta presença de Guaidó na embaixada francesa e sobre a permanência de seu mentor, Leopoldo López, “hospedado” na residência do embaixador espanhol em Caracas há mais de um ano.

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    “Esperamos que esses governos retifiquem (…) e entreguem os foragidos da justiça à Justiça venezuelana”, acrescentou Arreaza. Guaidó, por outro, negou estar escondido.

    As acusações de Maduro e Arreaza ocorrem paralelamente ao acordo de 10 milhões de dólares que serão administrados na Venezuela pela Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) contra a Covid-19, devido a um acordo assinado por representantes de Guaidó e Maduro.

    O deputado opositor Juan Pablo Guanipa, vice-presidente da unicameral Assembleia Nacional, afirmou que são recursos “designados” pelo “governo interino” de Guaidó, chefe parlamentar reconhecido como presidente da Venezuela por cinquenta países, liderados pelos Estados Unidos. A OPAS, segundo o legislador, condicionou sua gestão a um endosso do governo de Nicolás Maduro.

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    “Em meio à crise humanitária complexa em que vivemos (…), o governo interino de Juan Guaidó, com a aprovação da Assembleia Nacional, destinou alguns recursos no valor de US$ 10 milhões que serão atribuídos” à OPAS “para investir na Venezuela”, disse Guanipa em um vídeo divulgado nas redes sociais na noite de quarta-feira.

    “A OPAS condicionou sua participação à aceitação pela ditadura”, acrescentou referindo-se ao governo de Maduro.

    O acordo assinado na terça-feira 2 por funcionários de Maduro e Guaidó indica que “ambas as partes se propõem a trabalhar em coordenação”, com o apoio da OPAS, “na busca de recursos financeiros que contribuam para fortalecer as capacidades de resposta do país” ao coronavírus. Não requer valores ou condições para sua execução.

    (Com AFP)

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