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Funcionários da ONU pressionam chefe de Direitos Humanos a chamar Gaza de ‘genocídio’

Em carta, mais de 500 signatários afirmaram que escala, escopo e natureza das violações documentadas no enclave permitem definição

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 ago 2025, 13h22

Mais de 500 funcionários das Nações Unidas instaram o Alto Comissariado para os Direitos Humanos, Volker Turk, a definir a guerra em Gaza como genocídio, informou a agência de notícias Reuters nesta quinta-feira, 28. O apelo foi realizado através de uma carta, enviada na véspera, na qual a equipe de Direitos Humanos da ONU afirma que há base legal para considerar o conflito, iniciado em outubro de 2023, um genocídio. Para tanto, o grupo levou em consideração escala, o escopo e a natureza das violações documentadas no enclave.

“O ACNUDH (sigla do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, em inglês) tem uma forte responsabilidade legal e moral de denunciar atos de genocídio”, disse a carta assinada pelo Comitê de Pessoal em nome dos funcionários, que também apelou a Turk para que tomasse uma “posição clara e pública”.

O documento também destacou que “não denunciar um genocídio em andamento mina a credibilidade da ONU e do próprio sistema de direitos humanos” e citou a inação da entidade internacional em impedir o genocídio de Ruanda em 1994, no qual mais de 1 milhão de pessoas foram mortas. O envio da carta ocorre dias após as Nações Unidas declararem estado de fome generalizada em Gaza, seguindo alertas de especialistas no mês passado de que um em cada três dos 2,2 milhões de habitantes do enclave passada dias sem comer.

Ainda na quarta-feira, 27, todos os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, exceto os Estados Unidos, afirmaram que a fome na Faixa de Gaza é uma “crise provocada pelo homem”. Em comunicado conjunto, os 14 membros apelaram por um cessar-fogo total, imediato e permanente, bem como pela libertação dos reféns mantidos pelo grupo palestino radical Hamas.

“A fome em Gaza precisa acabar imediatamente”, apelou a declaração. “O tempo é essencial. A emergência humanitária precisa ser enfrentada sem demora e Israel precisa reverter a situação.”

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+ Papa Leão pede fim da ‘punição coletiva’ em Gaza, enquanto mortes por fome se multiplicam

Fome em Gaza

A responsabilidade pela situação foi atribuída a Israel, que descartou a nova classificação como baseada em “mentiras do Hamas”. Após meses de alertas sobre a situação no território devastado pela guerra, a Classificação Integrada de Segurança Alimentar (IPC), que produz o mais confiável termômetro sobre a fome, elevou sua classificação para a Fase 5 – a mais alta e grave – na Cidade de Gaza e seus arredores. O mesmo cenário deve afetar as áreas de Deir al Balah e Khan Yunis até o final de setembro.

A classificação afirma que mais de meio milhão de pessoas na Faixa de Gaza estão enfrentando condições “catastróficas” caracterizadas por “fome, miséria e morte”. Até o final de setembro, mais de 640 mil pessoas se enquadrarão neste grupo. Enquanto isso, mais 1,14 milhão de pessoas estarão em situação de emergência (Fase 4 do IPC) e outras 396 mil, em situação de crise (Fase 3). Estima-se que as condições no norte de Gaza sejam tão graves – ou piores – quanto as da Cidade de Gaza.

Desde o início da guerra, mais de 62 mil pessoas foram mortas em Gaza — 313 por fome, incluindo 119 crianças. Entre as vítimas, estão ao menos 278 jornalistas, dos quais 273 eram palestinos, 3 libaneses e 2 israelenses. Além disso,

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