Furacão Erin ameaça costa leste dos EUA com ondas de até 6 metros e risco de vida
Tempestade provoca marés altas, correntes perigosas e fechamento de praias; Carolina do Norte deve sofrer os impactos mais fortes

O furacão Erin avançou pela costa leste dos Estados Unidos nesta quarta-feira, 20, trazendo ondas de até 6 metros, marés elevadas e risco de erosão costeira. Autoridades alertam para condições extremamente perigosas e pedem que moradores evitem o mar e sigam imediatamente as ordens de evacuação das áreas mais vulneráveis.
Atualmente classificado como furacão de categoria 2, com ventos de até 177 km/h, Erin segue para o norte do país num movimento quase paralelo à costa leste, mantendo seu tamanho excepcionalmente grande. Segundo autoridades, isso aumenta a capacidade do fenômeno de gerar condições perigosas em praias de diversos estados, mesmo sem atingir diretamente a terra firme.
Na Carolina do Norte, espera-se que o furacão gere ondas “ameaçadoras à vida” entre 4,5 e 6 metros. Regiões como Outer Banks e Ilha Hatteras declararam estado de emergência, o que inclui ordens de retirada obrigatórias para os moradores e preparativos das autoridades para proteger rodovias e residências ao longo do litoral.
Nova York, por sua vez, barrou banhistas de acessarem praias devido a correntes perigosas, enquanto Suffolk e Nassau receberam alerta de inundação costeira. Nova Jersey e Delaware fecharam suas praias desde a terça-feira 19, mantendo as restrições até pelo menos esta sexta-feira, 22. Mesmo com a previsão de que Erin se afaste lentamente do continente, o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos advertiu que praias do sul da Flórida até Nova York continuarão em alto risco de correntes traiçoeiras.
O Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) informou que as ondas geradas pelo furacão afetarão também as Bahamas e Bermudas, no Caribe, bem como o Atlântico canadense nos próximos dias.
Erin é um dos furacões de intensificação mais rápida já registrados no Atlântico, tendo passado de categoria 1 para 5 em apenas 24 horas, antes de reduzir temporariamente a força para categoria 2. Especialistas alertam que o fenômeno reflete os efeitos da crise climática, que aumenta a frequência e intensidade do fenômeno devido ao aquecimento das águas do Atlântico, incluindo camadas mais profundas que permanecem quentes o suficiente para alimentar novas tempestades recorrentemente.