Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

G20: Proposta brasileira de reforma da ONU é “muito boa”, diz chefe da UE

Diplomata-chefe da União Europeia falou a repórteres às margens de encontro do G20

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2024, 17h05 - Publicado em 22 fev 2024, 11h40
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A jornalistas presentes na reunião de chanceleres do G20 no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, 22, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, disse que a proposta defendida pelo Brasil para reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas é “muito boa”. O tema é uma das pautas principais defendidas por Brasília durante sua presidência à frente do bloco, que reúne as maiores economias do mundo.

    Segundo Borrell, há uma disparidade de poderes e o Conselho de Segurança não é mais “funcional”, à medida que os cinco membros do assento permanente têm poder de veto, mesmo que os demais adotem uma posição a favor de determinada pauta.

    + Vieira no G20: inaceitável que diferenças sejam resolvidas por via militar

    “Não é apenas sobre as instituições, é sobre mudança de mindset. Nosso objetivo é fazer com o que nós temos funcione melhor, não necessariamente criando algo novo”, disse aos repórteres. “E, para isso, quanto mais players tivermos na mesa, melhor. Mudar as regras do que existe hoje é mais complicado”.

    O Conselho de Segurança tem lutado para chegar a acordos nos últimos anos sobre questões importantes como a Coreia do Norte, Síria e a guerra em Gaza. Qualquer reforma exigiria uma alteração à Carta das Nações Unidas, o que poderia ser vetado pelos membros com assento permanente, cujos poderes para bloquear resoluções e sanções seriam diminuídos.

    A própria ONU reconhece a necessidade de uma reforma. Montado a partir de pedido do secretário-geral António Guterres, um grupo de trabalho composto por ex-chefes de Estado, acadêmicos e especialistas afirmou em relatório em abril deste ano que uma mudança no sistema atual poderia criar mais transparência e confiança nas relações internacionais.  O documento afirma que “as vozes dos afetados por conflitos” precisam ser incluídas de forma mais significativa nas decisões do órgão.

    Continua após a publicidade

    Em entrevista às Páginas Amarelas de VEJA, a embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, afirmou que o tema foi levantado entre o presidente americano, Joe Biden, e Lula durante encontro recente. “Biden disse que é o momento de expandir o Conselho de Segurança para América Latina, África e Oriente Médio. Eu acho que, a América Latina, as chances estariam com o Brasil, que é o maior país. Mas Biden não disse especificamente qual seria seu escolhido”.

    Em relação à guerra entre Israel e o grupo militante palestino Hamas, o diplomata disse ter pedido que o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, seja “porta-voz da solução de dois Estados” e que defenda a questão para o mundo. O conceito prevê a criação de um Estado palestino que coexista pacificamente com o israelense.

    Continua após a publicidade

    “Todos concordam que a guerra deve acabar, mas não concordam sobre como fazer isso (…) Não haverá segurança e estabilidade política para Israel enquanto a Palestina não tiver seus direitos garantidos”, disse.

    Apesar do desejo, a reunião dos chanceleres ocorre em meio a uma crise diplomática entre Brasil e Israel, desencadeada por uma fala em que Lula comparou as ações militares israelenses contra os palestinos em Gaza ao Holocausto, que matou mais de 6 milhões de judeus durante o regime nazista de Adolf Hitler. “Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse o presidente brasileiro.

    Continua após a publicidade

    O G20

    Além do Brasil, compõem o G20 a África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além dos blocos União Africana e União Europeia. Juntos, representam cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e dois terços da população do planeta.

    O encontro no Rio também contará com a presença de enviados de países convidados: Angola, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega, Portugal, Singapura, Bolívia, Paraguai e Uruguai. Mais de 10 entidades também receberam convite, como as Nações Unidas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.