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G7 se compromete a ajudar países atingidos por incêndios na Amazônia

Anúncio foi feito pelo presidente francês Emmanuel Macron, que nos últimos dias criticou a forma como o governo Bolsonaro lida com o desastre ambiental

Por AFP 25 ago 2019, 11h02

Os chefes de Estado que participam da cúpula do G7 concordaram em ajudar os países afetados pelos incêndios que assolam a Amazônia “o mais rápido possível”, anunciou neste domingo, 25, o presidente francês, Emmanuel Macron.

“Há uma convergência real para dizer que todos estão de acordo em ajudar os países afetados por esses incêndios o mais rápido possível”, disse Macron, anfitrião da cúpula de países na cidade de Biarritz.

Macron disse que os países mais ricos do mundo devem estar presentes para atender os pedidos de ajuda, emitidos em particular pela Colômbia. Na sexta, 23, o presidente francês fez duras críticas à “inação” do governo brasileiro de Jair Bolsonaro no combate ao desastre ambiental.

As imagens da floresta amazônica em chamas provocaram comoção global e impulsionaram o assunto na agenda das discussões do G7, apesar da relutância inicial do Brasil por não estar presente na cúpula de Biarritz.

Macron informou neste domingo que há contatos em andamento “com todos os países da Amazônia (…) para que possamos finalizar compromissos muito concretos de recursos técnicos e financeiros”.

“Estamos trabalhando em um mecanismo de mobilização internacional para ajudar esses países com mais eficiência”, disse o presidente francês.

Quanto à questão de longo prazo do reflorestamento na Amazônia, “várias sensibilidades foram expressas em torno da mesa”, acrescentou Macron, enfatizando o compromisso dos países com a soberania nacional de todos os países da região.

“Mas o desafio para estes países e para a comunidade internacional é tal – em termos de biodiversidade, oxigênio, luta contra as mudanças climáticas – que nós precisamos fazer esse reflorestamento”, disse o presidente francês.

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A crise ambiental ganhou tamanha proporção que já ameaça o acordo comercial entra a União Europeia (UE) e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) assinado no final de junho, após 20 anos de negociações.

Acusando Bolsonaro de ter “mentido” sobre seus compromissos com o meio ambiente, o governo francês informou que, nessas condições, irá se opor ao tratado.

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